Formados em 1990 e considerados como sendo um dos arautos do Death Metal Finlandês, muito devido ao seu primeiro trabalho de longa duração “World Without God”, de 1991, os Convulse regressam aos registos oficiais após, praticamente, 10 anos de ausência. Primeiramente, com o 7 polegadas intitulado “Inner Evil” e posteriormente com este novo “Evil Prevails”, ambos com edição no presente ano. Pelo meio, da sua carreira, ainda há a destacar as habituais demos iniciáticas, mais uma promo e o segundo álbum de originais denominado “Reflections”, datado de 1994.
Antes de se ouvir este novo cd, a primeira questão que se coloca é: onde ficaram os Convulse, musicalmente falando, durante este hiato? Pois bem, após audição cuidada do “Evil Prevails”, conclui-se que a banda optou por regressar às suas origens do Death Metal, retomando uma sonoridade muito mais directa e menos técnica / dinâmica como a que tinha assumido por altura do “Reflections”. Contudo, os 8 temas que compõem este novo álbum acabam por não convencer totalmente, acerca da qualidade destes Convulse é como se a banda não tivesse conseguido fazer transpor a sua identidade para os tempos mais recentes. Isto é, se há 13 anos atrás o Death Metal por estes tocado constituiu uma lufada de ar fresco no espectro musical, actualmente a fórmula que os caracterizou encontra-se um pouco obsoleta e repetida, convenhamos, correntemente, existem dezenas de bandas muito mais criativas e refrescantes que os actuais Convulse.
É um facto que este disco tem uma certa aura de fundo de gaveta, esta impressão de old school faz com que “Evil Prevails” pareça ter sido gravado há muito mais tempo para depois ver a luz do dia. Esta sensação de congelação que nos acompanha durante a sua auscultação faz com que as suas ideias pareçam desligadas e dispersas. É certo que, temos um bom punhado de riffs e de solos ao longo deste registo, mas honestamente não chegam para disfarçar alguma mediania no todo da sua nova proposta. Ainda assim, destacamos os temas “God is Delusion, que já havia saído no single de avanço a este novo álbum, e “Days are Dark”, como sendo os mais equilibrados e fortes deste “Evil Prevails”.
Resta-nos dizer que estes retornos são sempre bem vindos, mas, por vezes, ficamos a pensar sobre a mais valia dos mesmos, como tal, embora não estejamos face a um mau álbum, também não estamos perante um álbum essencial, como tal oiçam-no se tiverem curiosidade.
Nota: 5.5/10
Review por Pedro Pedra
