Gehenna é um nome do qual já não se esperava ter notícias com a banda a ter um percurso algo errático desde o genial "Malice", com uma viragem para paisagens mais death metal, que embora não tivessem sido assim tão más como isso, nunca se puderam comparar com o poder do mencionado álbum. Sendo "WW" de 2005, este "Unravel", servido pela mão da sempre atenta Indie Recordings, surge de surpresa, tanto pelo regresso como pela forma como esse regresso é feito. As influências death metal praticamente desapareceram e temos de volta o black metal, mas não propriamente no mesmo sítio onde "Malice" nos tinha deixado. "Unravel" é uma viagem ao passado mais profundo da banda. Parece ser algo positivo, mas o que se ouve não é assim tão sensacional como em teoria parece.
Ora se "Malice" era provocador, melódico, inteligente e sobretudo, pouco usual, "Unravel" surge descaracterizado, oferecendo um som cru, é certo, mas nada que centenas de bandas já não tenham feito antes e melhor. Bandas bem mais novas do que os Gehenna, o que não deixa de ser irritante. Peguemos numa faixa como "A Grave Of Thoughts", que é um mid-tempo (para não dizer que tem um andamento doom) que poderia ser bem ameaçador mas passados três minutos dos seus sete, é simplesmente aborrecida. E é um resumo do álbum e destas espécies de regressos às origens no geral, em que se quer tentar capturar algo perdido - não sabendo se foi essa intenção, mas é sem dúvida a sensação que fica - e que se fica bem aquém. Muito aquém mesmo.
Não quer isto dizer que este regresso seja um insulto para o legado da banda. É isto mais perto da essência do que a banda foi no início do que propriamente os três últimos álbuns, mas de qualquer forma, não deixa de ficar um sabor amargo na boca, com um álbum que é bem mais desinspirado do que aquilo que se antecipava ou desejava. Talvez seja uma espécie de "St. Anger" dos noruegueses e talvez o seguinte seja uma espécie de "Death Magnetic", mais convincente e superior a todos os níveis.
Nota: 5.5/10
Review por Fernando Ferreira
Ora se "Malice" era provocador, melódico, inteligente e sobretudo, pouco usual, "Unravel" surge descaracterizado, oferecendo um som cru, é certo, mas nada que centenas de bandas já não tenham feito antes e melhor. Bandas bem mais novas do que os Gehenna, o que não deixa de ser irritante. Peguemos numa faixa como "A Grave Of Thoughts", que é um mid-tempo (para não dizer que tem um andamento doom) que poderia ser bem ameaçador mas passados três minutos dos seus sete, é simplesmente aborrecida. E é um resumo do álbum e destas espécies de regressos às origens no geral, em que se quer tentar capturar algo perdido - não sabendo se foi essa intenção, mas é sem dúvida a sensação que fica - e que se fica bem aquém. Muito aquém mesmo.
Não quer isto dizer que este regresso seja um insulto para o legado da banda. É isto mais perto da essência do que a banda foi no início do que propriamente os três últimos álbuns, mas de qualquer forma, não deixa de ficar um sabor amargo na boca, com um álbum que é bem mais desinspirado do que aquilo que se antecipava ou desejava. Talvez seja uma espécie de "St. Anger" dos noruegueses e talvez o seguinte seja uma espécie de "Death Magnetic", mais convincente e superior a todos os níveis.
Nota: 5.5/10
Review por Fernando Ferreira
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