About Me

Jack Starr Featuring Rhett Forrester - "Out Of The Darkness" Review


Para quem não sabe, Jack Starr foi o fundador dos Virgin Steele, mas depois de dois álbuns gravados, Starr e David DeFeis, vocalista, tinham ideias diferentes quanto ao futuro da banda e Starr acabou por ser despedido da banda que fundou. Reza a lenda que DeFeis queria seguir uma orientação mais teatral e com uso aprofundado de teclados (que seguiu e muito bem) enquanto Starr queria continuar na onda do hard'n'heavy tradicional, com destaque para a sua guitarra, que foi o que acabou por fazer no primeiro álbum a solo que lançou, este "Out Of The Darkness", contando com a participação na voz de Rhett Forrester, saudoso vocalista de milhentas bandas, entre elas, provavelmente a mais famosa, os Riot, que viria a morrer, assassinado, em 1994 numa tentativa de carjacking.

Este álbum soa surpreendentemente bem, mesmo vinte e nove anos após ter sido lançado originalmente. Do início ao fim, aquela energia e ingenuidade própria dos anos oitenta está bem presente onde a maior parte das faixas são bem up-tempo onde existem aqui grandes malhas como as curtas "Wild In The Streets" ou a "Chains Of Love" que apetece ouvir sem parar. No entanto, também existem algumas escorregadelas como a azeiteira "Can't Let You Walk Away" e a "Odile", que parece um refugado da "Pariesienne Walkways", dos Thin Lizzy (e que só se torna suportável devido ao shred intensivo por parte do amigo Jack). "Let's Get Crazy Again" também é um pouco foleira, mas é tão festivamente anos oitenta que acaba também por fluir bem.

O álbum acaba com uma pequena versão da música sagrada (para os americanos) "Amazing Grace", mais uma faixa instrumental mostrando mesmo o ponto de vista de Starr, em como a guitarra deve estar no centro das atenções. Por muito egocêntrico que possa parecer, ele realmente tem talento para tal. Esta reedição por parte da Limb Music brinda-nos com seis faixas bónus, todas elas instrumentais, cinco retiradas do segundo álbum de originais, o completamente instrumental "Minor Disturbance", e a sexta retirada de um álbum de blues ainda não lançado por parte do músico norte-americano. Uns extras algo convidativos se bem que quase que apetecia dizer para juntar "Minor Disturbance" por inteiro já que o mesmo cabe perfeitamente. De qualquer forma, surpresa muito boa por ver como quase todas estas músicas sobreviveram muito bem ao longo destes trinta anos. Um álbum a conhecer e uma boa reedição.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira