Os Lumbar são mais uma aposta da Southern Lord, um power trio que é algo próximo do que se pode considerar de uma super-banda já que junta Mike Scheidt dos Yob na voz com Tad Doyle e Aaron Edge dos Brothers Of The Sonic Cloth e Roareth, sendo que o primeiro é vocalista e o segundo o multi- instrumentista, mentor e alma do projecto . Ora com estes músicos reunidos, obviamente que o projecto só pode ser de doom/sludge e é exactamente o estilo que temos aqui.
Para álbum, é um pouco curto, já que as sete músicas todas juntas não chegam a ultrapassar a barreira dos vinte e cinco minutos. Na verdade, a melhor forma de encarar este álbum é mesmo como um grande tema de vinte e quatro minutos dividido em sete partes. Em certas faixas a interrupção até parece que não surge, provando como os temas se sucedem bem uns aos outros mantendo sempre o mesmo cenário e ambiente opressivo e apocalíptico. Isto é bem notório na faixa instrumental "Day Five" e na sua passagem para a seguinte "Day Six" - o final desta última então é mesmo arrepiante.
Conhecendo a história de Aaron, a quem foi diagnosticado esclerose múltipla, doença degenerativa que atrofia os músculos progressivamente, e talvez a pior doença que um músico pode ter, seria de esperar que tais ambientes negros fossem resultado da sua experiência, mas na verdade só no final das gravações é que começou a sentir dores, como nunca tinha sentido antes e o diagnóstico surgiu apenas meses depois. Este álbum acaba por ser uma catarse e um testemunho do talento de um músico que ainda tem muita música para deitar cá para fora. Normalmente estes álbuns mais pequenos são desvalorizados comercialmente mas artisticamente está aqui um senhor disco. Isso sabe-se quando passa em loop compulsivamente sem queixas.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Para álbum, é um pouco curto, já que as sete músicas todas juntas não chegam a ultrapassar a barreira dos vinte e cinco minutos. Na verdade, a melhor forma de encarar este álbum é mesmo como um grande tema de vinte e quatro minutos dividido em sete partes. Em certas faixas a interrupção até parece que não surge, provando como os temas se sucedem bem uns aos outros mantendo sempre o mesmo cenário e ambiente opressivo e apocalíptico. Isto é bem notório na faixa instrumental "Day Five" e na sua passagem para a seguinte "Day Six" - o final desta última então é mesmo arrepiante.
Conhecendo a história de Aaron, a quem foi diagnosticado esclerose múltipla, doença degenerativa que atrofia os músculos progressivamente, e talvez a pior doença que um músico pode ter, seria de esperar que tais ambientes negros fossem resultado da sua experiência, mas na verdade só no final das gravações é que começou a sentir dores, como nunca tinha sentido antes e o diagnóstico surgiu apenas meses depois. Este álbum acaba por ser uma catarse e um testemunho do talento de um músico que ainda tem muita música para deitar cá para fora. Normalmente estes álbuns mais pequenos são desvalorizados comercialmente mas artisticamente está aqui um senhor disco. Isso sabe-se quando passa em loop compulsivamente sem queixas.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
