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The Privateer - "Monolith" Review


O termo pirate metal é mais uma daquelas invenções que servem para arreliar o pessoal e talvez vender mais uns discos no processo. Basicamente os Running Wild, que tocam power metal, adoptaram uma imagem e temáticas relacionadas com os piratas e mantiveram-se durante muito tempo com essa fórmula. Entretanto surgiram os Alestorm e os Swashbuckle e a forma destas duas bandas se encaixarem no mercado sem ser com o rótulo power metal, em decadência na altura, na primeira metade da década passada, foi usarem o termo pirate metal. Quando temos uma banda que se chama "The Privateer" e que vem descrita pela sua editora, Trollzorn, como pirate metal, pensa-se logo que o que se tem é mesmo power metal com temática de pirataria.

O preconceito não está completamente certo. Sim, há aqui uma dose de power metal mas também existe uma dose de death metal (ou de metal extremo) mesmo que em poucas quantidades e o melhor é mesmo o uso de violino que dão uma cor diferente, uma cor folk que em muito favorece, a este "Monolith" que é já o segundo álbum desta banda alemã. Com alguns temas instrumentais muito bem conseguidos, com outros mais épicos que equilibram bem o duelo entre melodia e peso, este é um álbum que acaba por surpreender, mesmo que não tenha nada de muito novo para mostrar. A forma apaixonada como o fazem é que faz toda a diferença. Basta atentar numa faixa como "Ember Sea" ou o tema título que têm uma certa melancolia, refrões apelativos e o elemento power metal bem evidente.

Apesar de individualmente o poder de cada uma destas canções ser bem acima da média, a verdade é que ao longo dos cinquenta e quatro minutos que compõem este trabalho o entusiasmo começa a esmorecer. A instrumental "The Tides", quase no final do álbum ajuda a que se ganhe um pouco mais de interesse mas a quebra é inegável. Mesmo assim, não deixa de ser uma boa surpresa e uma banda a ter em conta, com alguma necessidade de amadurecer ainda um pouco mais de forma a terem um longa duração ainda mais coeso mas com talento evidente para espalhar. Boas melodias e bons refrões.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira