"Blestem" é o álbum de estreia do projecto Colosus, uma one-man-band oriunda do Reino Unido. Algo muito pouco usual. "Desertaciune" é o primeiro contacto que se tem com o trabalho e não se fica muito impressionado. Um tema que não chega a quatro minutos mas que parece ter dez, tal a excitação que não consegue transmitir, com o seu ambiente Vangelis do black metal. "Mormant", a segunda faixa, começa com uma melodia na guitarra, com um efeito bem conseguido, e depressa dá lugar a uma explosão de riffs furiosos e bateria irrequieta que também não dura muito tempo, dando lugar para uma espécie de percussão esquisita antes de visitar a distorção mais uma vez, desta vez em andamento doom, toada que ainda demora a deixar. Não deixa de ser uma faixa que surpreende pela qualidade de som e pela performance, principalmente ao nível da bateria.
Krhudd é o homem por trás do projecto e já lançou pela Kaotoxin Records, a editora por trás de "Blestem", outros trabalhos, nomeadamente dos Eye Of Solitude, uma das suas (inúmeras) bandas, e essa experiência é notória através da qualidade das músicas aqui mas também acaba por provar a necessidade de por vezes haver mais pessoas a apanhar o processo criativo. Tal como na intro, o efeito de teclados nem sempre é positivo. Veja-se uma música como a "Intuneric" ou a própria faixa título em que os teclados não acrescentam em nada à qualidade da música. Pelo contrário, retiram. Na primeira tornam o seu início para lá de aborrecido,o que numa faixa que se saiba que tem nove minutos pode levar a que se passe imediatamente para a seguinte, mas como na seguinte se tem o tema título movido a teclados sempre na mesma tecla e a gritos desesperados, nem há que pensar muito e carrega-se novamente no botão. Como de seguida se tem "Dorinta", de quase oito minutos e com um início que até é creepy, mas que cuja ambiência pode levar a carregar mais uma vez para mudar de faixa - o que é pena porque até é uma boa malha.
É um álbum de black metal épico mas que sofre do mal de tecladite aguda. Se lhes tivessem cortado as gorduras, os teclados de certeza de que ficariam de fora. Se não ficassem, teriam de ser usados, de certeza, de outra forma. Destaque para a cover dos Coldworld, a "Red Snow", que surge como um dos melhores temas do álbum - sendo um pouco sintomático da questão, talvez por não ter teclados, talvez por não ser um original dos Colosus. Ainda assim, boas ideias e potencial para fazer melhor num eventual segundo álbum.
Nota: 6.6/10
Review por Fernando Ferreira
Krhudd é o homem por trás do projecto e já lançou pela Kaotoxin Records, a editora por trás de "Blestem", outros trabalhos, nomeadamente dos Eye Of Solitude, uma das suas (inúmeras) bandas, e essa experiência é notória através da qualidade das músicas aqui mas também acaba por provar a necessidade de por vezes haver mais pessoas a apanhar o processo criativo. Tal como na intro, o efeito de teclados nem sempre é positivo. Veja-se uma música como a "Intuneric" ou a própria faixa título em que os teclados não acrescentam em nada à qualidade da música. Pelo contrário, retiram. Na primeira tornam o seu início para lá de aborrecido,o que numa faixa que se saiba que tem nove minutos pode levar a que se passe imediatamente para a seguinte, mas como na seguinte se tem o tema título movido a teclados sempre na mesma tecla e a gritos desesperados, nem há que pensar muito e carrega-se novamente no botão. Como de seguida se tem "Dorinta", de quase oito minutos e com um início que até é creepy, mas que cuja ambiência pode levar a carregar mais uma vez para mudar de faixa - o que é pena porque até é uma boa malha.
É um álbum de black metal épico mas que sofre do mal de tecladite aguda. Se lhes tivessem cortado as gorduras, os teclados de certeza de que ficariam de fora. Se não ficassem, teriam de ser usados, de certeza, de outra forma. Destaque para a cover dos Coldworld, a "Red Snow", que surge como um dos melhores temas do álbum - sendo um pouco sintomático da questão, talvez por não ter teclados, talvez por não ser um original dos Colosus. Ainda assim, boas ideias e potencial para fazer melhor num eventual segundo álbum.
Nota: 6.6/10
Review por Fernando Ferreira
