Depois do EP, "The Age Of Nefarius", eis que aqui está "Curse And Chapter", o segundo álbum de originais da banda clássica de NWOBHM que apesar dos seus trinta anos de carreira, só há dois anos é que editram o álbum de estreia. Mais do que todo o hype construído e vivido à volta deste regresso, há aqui muito valor e este "Curse & Chapter" é um grande álbum de um estilo que apesar de estar remetido ao underground continua a debitar vitalidade sem igual, criativamente falando, capaz de valorizar o passado, ter os pés no presente e de ter os olhos postos no futuro.
E se esta coisa das modas por vezes é contagiosa, também existem aqueles casos em que as bandas, embora se possam inserir nesses moldes, o seu trabalho simplesmente faz com que qualquer pensamento menor desapareça. Podendo ser acusados de ser uma forma da Nuclear Blast capitalizar sobre a onda retro, a verdade é que se haviam qualquer dúvidas acerca da vitalidade dos Hell, este álbum cala-as a todas. Com um poder para a melodia e os refrões viciantes (aqueles refrões da "The Age Of Nefarious" e da "Something Wicked This Way Comes" são uma coisa do outro mundo), com um dedo mágico para os arranjos orquestrais e ocasionais teclados (que dão um ar cinematográfico muito bem vindo, exemplo da "Darkhangel" que tem ar de banda sonora apocaliptíca) e um trabalho de guitarras brutal, com Andy Sneap (dispensa apresentações, certo?) a brilhar ao lado de Kev Bower (também responsável pelos teclados). Sneap também é responsável pelo poder da produção, onde o baixo e a bateria são também agraciados com um som brutal.
O vocalista David Bower (irmão de Ken Bower) demonstra ter um carisma mais que adequado para o lugar e está cada vez mais à vontade neste papel. Ainda existe aqui algum material regravado ("Deliver Us From Evil", "The Disposer Supreme" e "Death Squad" foram lançadas originalmente nas primeiras demos e singles da banda) mas esse material encaixa-se perfeitamente com as novas composições e fazem com que este seja, provavelmente, o álbum de heavy metal do ano. Daqueles que se reconhece como clássico quando a primeira audição ainda não terminou. Melhor que o seu precedente, "Curse & Chapter" é uma lição em heavy metal poderoso que não esquece as suas origens (as harmonias maidenescas da instrumental "Deathsquad" são daquelas coisas que fazem logo o metalomaníaco sorrir de satisfação. Essencial, absolutamente essencial.
Nota: 9.4/10
Review por Fernando Ferreira
E se esta coisa das modas por vezes é contagiosa, também existem aqueles casos em que as bandas, embora se possam inserir nesses moldes, o seu trabalho simplesmente faz com que qualquer pensamento menor desapareça. Podendo ser acusados de ser uma forma da Nuclear Blast capitalizar sobre a onda retro, a verdade é que se haviam qualquer dúvidas acerca da vitalidade dos Hell, este álbum cala-as a todas. Com um poder para a melodia e os refrões viciantes (aqueles refrões da "The Age Of Nefarious" e da "Something Wicked This Way Comes" são uma coisa do outro mundo), com um dedo mágico para os arranjos orquestrais e ocasionais teclados (que dão um ar cinematográfico muito bem vindo, exemplo da "Darkhangel" que tem ar de banda sonora apocaliptíca) e um trabalho de guitarras brutal, com Andy Sneap (dispensa apresentações, certo?) a brilhar ao lado de Kev Bower (também responsável pelos teclados). Sneap também é responsável pelo poder da produção, onde o baixo e a bateria são também agraciados com um som brutal.
O vocalista David Bower (irmão de Ken Bower) demonstra ter um carisma mais que adequado para o lugar e está cada vez mais à vontade neste papel. Ainda existe aqui algum material regravado ("Deliver Us From Evil", "The Disposer Supreme" e "Death Squad" foram lançadas originalmente nas primeiras demos e singles da banda) mas esse material encaixa-se perfeitamente com as novas composições e fazem com que este seja, provavelmente, o álbum de heavy metal do ano. Daqueles que se reconhece como clássico quando a primeira audição ainda não terminou. Melhor que o seu precedente, "Curse & Chapter" é uma lição em heavy metal poderoso que não esquece as suas origens (as harmonias maidenescas da instrumental "Deathsquad" são daquelas coisas que fazem logo o metalomaníaco sorrir de satisfação. Essencial, absolutamente essencial.
Nota: 9.4/10
Review por Fernando Ferreira
