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Tormenter - "Phantom Time" Review


Não há como enganar, a melhor forma de iniciar qualquer álbum de metal é mesmo com uma música instrumental. Não confundir com as intros que se tornaram uma praga ali por volta da segunda metade dos anos noventa, mas uma faixa (por norma mais pequena que o normal) com guitarra, baixo e bateria, neste caso, "The Continuance" uma pequena peça melódica mas cheia de feeling, que não prepara o ouvinte para o assalto thrash metal sujo que aparece com "Manifest Supremacy", uma malha que impede que a cabeça fique quieta por muito tempo. Sem grandes brilhantismos de técnica em termos de interpretação (apesar dos solos serem de extremo bom gosto) ou produção, a energia que brota da faixa é imensa.

Na "Parasital Exposure" a ganga continua a rasgar bem, contagiante e potente, com as guitarras com um poder considerável, o baixo a pulsar e a bateria irrequieta, não esquecendo a voz ríspida a ditar a senteça impiedosamente. Com uma forte influência germânica, onde bandas como Sodom, Kreator e Destruction não são alheias (o que não deixa de ser estranho, já que a banda é norte-americana), as cinco faixas de originais são um vício para todo o fã de thrash metal old school como a "Command Control" e a "Re-Encryption" tão bem comprovam, tendo ainda o brinde da cover "Motorbreath", dos Metallica, a colocar uma chave de ouro neste EP que surge depois de três anos de ausência desde o primeiro álbum "Pulse Of Terror". Esperemos que o segundo álbum não demore tanto tempo a chegar.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira