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Kampfar - "Djevelmakt" Review


Uma das bandas mais substimadas do black metal escandinavo está de volta com o seu sexto trabalho. Talvez não seja das bandas mais ortodoxas do estilo, incluíndo vários elementos mais melódicos na sua música, mas não querendo por isso dizer que a mesma é menos pesada ou agreste. Se pegarmos na "Mylder", faixa que começa com um piano e mete flautas pelo meio, mas que tem um poder impressionante, conseguindo conjugar na perfeição a melodia com a violência do metal extremo, usando também diversos tipos de voz, o que apenas enriquece a sua proposta. A abordagem ao black metal também não é propriamente trve, tendo mais elementos de metal épico do que seria expectável numa proposta típica de black metal - "Kujon" é um bom exemplo.

É como se fossem folk metal levados a sério, pelo menos sem a parte festiva. Folk metal de combate. Ok, existe algum ritmo "dançante" na "Blod, Eder Og Galle", mas o feeling agreste rapidamente toma conta do leme. O feeling típico Kampfar está presente, mas é nítida uma progressão a cada álbum que é lançado e este "Djevelmakt" não é exceção. Com um feeling mais épico e até um pouco mais progressivo na forma como os riffs são colocados nas estruturas das canções e na forma como os mesmos se desenvolvem, a sua cadência. Uma maturidade que é notável mas que não surpreende todos aqueles que têm vindo a acompanhar a sua evolução. Um digno sucessor de "Mare" que data já de 2011.

Certos nomes podem surgir na mente quando se está a ouvir este álbum. Nomes como Windir ou Taake, na forma como certos elementos folk ou épicos são encaixados e fluem na música, mas mesmo assim, mantendo a sua identidade intocável. A produção (que ficou a cargo de Jonas Kjellgren, dos estúdios Black Lounge Studios e com Peter Tägtgren responsável pela mistura) funciona a favor, sendo poderosa, permitindo a coesão das músicas e do próprio álbum em si, que flui de forma perfeita. Poderá não haver grande progressão de "Mare" para este, sendo mais um passo dado na mesma direcção, mas a qualidade, essa, é inegável.

 
Nota: 8.1/10

Review por Fernando Ferreira