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Dave Lombardo diz que fez tudo o que pôde para continuar nos Slayer


Dave Lombardo, ex-baterista dos Slayer, diz que "fez o seu melhor" para resolver as coisas com os seus ex-companheiros de banda, antes de ser despedido do grupo no ano passado, alegando que a maior parte do dinheiro que os Slayer ganharam nas digressões, serviu para pagar aos empresários e contabilistas da banda, e não aos próprios músicos.

Dave Lombardo, que acaba de completar uma curta digressão europeia de workshops de bateria, foi questionado sobre a sua saída dos Slayer, perante uma plateia no Crescent Arts Centre, em Belfast, Irlanda do Norte, no passado dia 5 de Março:

"Fiz o meu melhor para tentar mantermo-nos juntos, mas já não conseguia aguentar, meu. Tive de sair, porque não podes ser acorrentado daquela maneira; ninguém pode jamais tirar proveito de outra pessoa assim. Estive presente por demasiados anos, e sustive a respiração. Os avisos eram sucessivos. Questionava-me, tipo, "A sério? Deveria estar a ganhar mais dinheiro? Porque é que continuo a receber o mesmo salário?" Tenho feito exactamente a mesma coisa, que tenho vindo a fazer nos últimos dois anos. E isto remonta a 2004. Portanto, eu sabia que algo se passava. E tentei fazer o que pude, para resolver as coisas com os rapazes. Chamei a atenção do Tom. Reuni-me com o Tom num quarto de hotel, para falarmos com o meu advogado, e o meu advogado disse-lhe tudo o que a sua empresa de gestão lhes tinha andado a fazer nos últimos 30 anos. Contactámos um contabilista, um contabilista forense, pronto para intervir, e analisar as coisas."

Dave Lombardo continuou: "O Tom foi comprado. A empresa de gestão sacou-lhe algumas centenas de milhares de dólares - quem sabe quanto? - e também ao Kerry [King, guitarrista], para se manterem calados, e estarem contra o Lombardo. Por isso, eles viraram-me as costas. E no último dia, quando estava no ensaio com eles - e guardei tudo para o fim - disse, "Malta, precisamos de um novo plano de negócios. Vocês mantém o mesmo plano de negócios há 30 anos. Agora, sou um participante de rendimentos. Por outras palavras, sou um detentor de percentagem."Então, se és um detentor de percentagem, tens o direito, e és contratado como um detentor de percentagem; tens o direito de ver para onde vão todas as despesas. Porque aqui tens rendimentos líquidos, e depois, de 4,4 milhões de dólares, a banda recebe 400 mil dólares. Onde estão os quatro milhões? E isso foi só em 2011. O resto do dinheiro foi para advogados, contabilidade, e gestão.

"Andaram a fazer isso aos rapazes, nos últimos 30 anos. E ficaram com a minha informação... Nunca mais me vou esquecer do dia... Eu disse apenas, "Malta, olhem para isto. Isto foi enviado pelo vosso contabilista." E mostrava todo o dinheiro. Não mostrava para onde ia o dinheiro, mostrava apenas o "bruto", as "despesas", o "líquido". E nesses rendimentos líquidos, fiz em digressão, em 2011, 67 mil dólares. O Kerry e o Tom fizeram cerca de 114 mil dólares em digressão. Portanto, se fizeste cerca de 60 espectáculos, divides isso por 60 espectáculos... Alguém tem uma calculadora? Não, 60 não... Vamos dizer cerca de 90 espectáculos por ano: 30 na Primavera, 30 no Verão e 30 espectáculos no Inverno, no Outono. Posto isso, divides isso por espectáculo... A sério? É nojento. Suei as estopinhas a tocar bateria. Quero dizer, eu só suava, ficava de rastos. E tudo para o tipo de Hollywood Hills, para os seus tratamentos faciais, a sua manicura... Não, eu não vou tocar para isso. Não.

"Por isso, malta, fiz tudo o que pude. Agora, tudo o que tenho a dizer, é que, neste momento, a minha agenda está livre. Posso fazer o que eu quiser, quando eu quiser. Posso viajar para a Europa, visitar algumas clínicas, sair convosco."

Por: Bruno Porta Nova - 12 Março 14