Dia 17 por volta das 20:00, a sala 2 do Hard Club serviu de templo para acolher os peregrinos devotos da Church of Ra, para um concerto intimista reservado apenas aos escolhidos, que certamente não esquecerão o rol de sensações que foram vividos/ revividos dentro daquelas 4 paredes. O muito aguardado regresso dos Amenra à invicta para mais uma purga espiritual, desta vez acompanhados dos seus discípulos Hessian, Oathbreaker e Treha Sektori, que se estreavam em solo nacional com o objectivo de evangelizarem todos aqueles que ainda não tinham escutado a sua palavra, constitui assim esta via-sacra.
A primeira oração coube aos Hessian, cujo concerto teve início pouco tempo depois da hora marcada às 20:30. O grupo belga prega uma sonoridade ao estilo de Entombed e Trap Them, assinando uma prestação curta e dura, podendo-se usar aqui como analogia a capa do seu disco de estreia lançado o ano passado pela Southern Lord, “Manégarmr”, que tal como uma praga de gafanhotos, devoraram vorazmente tudo à sua passagem durante os pouco mais de 20 minutos do seu concerto. Nem mesmo a falha do microfone do vocalista Bram Coussement fez com que a intensidade diminuísse, com destaque para malhões como “Mourn the World of Man” e a colossal “Mother of Light”.
A primeira oração coube aos Hessian, cujo concerto teve início pouco tempo depois da hora marcada às 20:30. O grupo belga prega uma sonoridade ao estilo de Entombed e Trap Them, assinando uma prestação curta e dura, podendo-se usar aqui como analogia a capa do seu disco de estreia lançado o ano passado pela Southern Lord, “Manégarmr”, que tal como uma praga de gafanhotos, devoraram vorazmente tudo à sua passagem durante os pouco mais de 20 minutos do seu concerto. Nem mesmo a falha do microfone do vocalista Bram Coussement fez com que a intensidade diminuísse, com destaque para malhões como “Mourn the World of Man” e a colossal “Mother of Light”.
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Da escuridão de Treha Sektori emergimos para a “luz” de Ra,“The Pain. It Is Shapeless.”, marcou assim a segunda aparição de Amenra segundo as profecias. Seguiu-se “Razoreater”, a pacífica atmosfera de “A Mon Âme” onde mais uma vez o microfone teimou em falhar, dando depois lugar à entoada ritualista de “Boden” que culmina no peso megalítico dos riffs sludge bem característicos do dogma estabelecido na composição dos temas do grupo. Após o instrumental “Terziele”, foi feita a “Nowena 9.10” a todos os irmãos presentes nesta celebração onde só faltou a singularidade da voz de Scott Kelly, aqui substituído pelo baixista Levy Seynaeve. A performance do vocalista Colin H. Van Eeckhout manteve-se imaculada, feita de honestidade, entrega, sangue, suor e lágrimas, igual a si próprio, arrastando a sua cruz em “Am Kreuz” como que um Cristo até Gólgota. O sufoco de “Silver Needle. Golden Nail” é nos berrado na cara, ganhando a dor um rosto, pois a carne no final de tudo, é fraca.
Texto por Rúben Pinho
Fotografias por Miguel Oliveira
Agradecimentos: Amplificasom