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Three Lions - "Three Lions" Review


Como os nosso leitores já repararam ao ler algumas críticas, a Frontiers é especial por três razões: Primeira - vai buscar ao baú tesouros esquecidos (uns injustamente, outros que deviam ficar assim por mais tempo); Segunda - tem o hábito de pegar nos músicos das bandas que tem no seu catálogo (o que deve englobar metade da população mundial) e reuni-los em projectos/álbuns, fazendo render o peixe de forma hábil; Terceira - a primeira e a segunda razão juntas fazem com lance mais de quinhentos álbuns durante um ano. Ok, quinhentos é exagero, mas muitos, vá.

Os Three Lions são o mais recente projecto com a chancela de qualidade da Frontiers e não é mais que um power trio de meter respeito com Vinnie Burns (dos Dare, Ten e Asia) nas guitarras, Greg Morgan (Dare e Ten) na bateria e apresentando o desconhecido Nigel Bailey na voz e baixo. Com dois terços da banda nos Dare e Ten, já para ter uma ideia ao que isto vai soar, certo? AOR daquele que infectava as rádios norte-americanas na década de oitenta. Para garantir isso tem-se Alessandro Del Vechio na cadeira de produtor e na equipa de composição de alguns temas, como já tem vindo a acontecer com alguns dos projectos com o selo da editora italiana.

"Trouble In A Red Dress" é uma grande malha de abertura, puro rock, onde o que se destaca é mesmo a voz de Nigel, uma excelente surpresa, um timbre fantástico que acenta com uma luva aqui. E não se pense de que "Three Lions" vive apenas de baladas azeiteiras (que as tem - ouvir a "Winter Sun", "Two Hearts Beat As One" - apesar do excelente solo de guitarra - e "Made For One Another". Até a instrumental "Sicilian Kiss" consegue ser azeiteira) e que não dá belas aulas de guitarra em músicas como "Twisted Soul" e "Holy Water", sem esquecer o rockão viciante de músicas como "Hellfire Highway. É um álbum equilibrado e ideal para quem gosta do seu rock melódico e virtuoso, com força (ou mel) nos refrões, símbolos de tempos idos mas como o que é bom vive para sempre, ainda temos músicos como os Three Lions que mantém a chama viva do AOR.


Nota: 7.1/10


Review por Fernando Ferreira