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King Of Asgard - "Karg" Review


Conforme os tempos avançam, os nomes para bandas começam a ser mais rebuscados e, aparentemente, os nomes de bandas que mais parecem de álbuns não é exclusivo ao metal e deathcore. Os King Of Asgard até poderiam ser uma espécie resposta aos Amon Amarth, mas considerando que ambas as bandas estão na Metal Blade, tal não deverá ser a razão da aposta da editora norte-americana. Ambas são suecas, ambas tocam death metal melódico e ambas vivem do imaginário mitológico escandinavo. A diferença será sobretudo na visibilidade e nos momentos de carreira que as duas bandas se encontram. Enquanto os Amon Amarth já estão mais que estabelecidos, com uma carreira já longa iniciada no século passado, os King Of Asgard chegam agora ao seu terceiro álbum.

Perante isto tudo poderá pensar-se que os King Of Asgard são uma cópia deslavada dos seus compatriotas mas tal não podia estar mais longe da verdade. Não é preciso muito para provar isto, basta atentar à “Highland Rebellion” que tem um início com um riff quase folk e que depois acaba por ter muitos pontos de encontro com o mid tempo épico próprio daquilo que os Bathory fizeram nos seus melhores dias, ou então a “Remnant Of The Past”  que além do feeling folk, no riff inicial também vai buscar algo que parece retirado da biblioteca de riffs dos Melechesh.

Talvez não seja tão imediato, que não é, quanto aquilo que os Amon Amarth fazem mas mostra-se ser tão ou mais válido. O facto de não ser imediato também obriga a que se volte para mais audições, sendo que muitas das malhas, tais como “The Trickster” e “Omma” acabam por ser assim beneficiadas.
A grande influência a ter em conta aqui é mesmo Bathory, muito mais do que os Amon Amarth. São duas perspectivas diferentes, duas faces da mesma moeda e esta face é bem mais sóbria, talvez mais profunda, embora tal seja sempre depois uma questão de análise individual. Ainda se tem uma faixa bónus na figura de “Total Destruction”, cover dos, claro, Bathory. Um álbum que vai conquistar muitos mais seguidores para a sua causa, talvez aqueles que já estejam um pouco cansados dos Amon Amarth.


Nota: 8.3/10

Review por Fernando Ferreira