O underground a nível mundial tem várias facetas. Cada canto do mundo tem o seu estilo favorito mas o continente sul-americano talvez seja aquele que mais estilos engloba. Seria quase impensável um lançamento de um CDR de uma banda power metal no velho continente mas foi exactamente dessa forma que foi lançado o segundo álbum dos chilenos Thunder Lord, em forma de edição de autor, em 2012. Ao que parece, o álbum causou boa impressão entre os responsáveis da Iron Shield, que resolveu lança-lo em CD profissional no presente ano.
A produção não esconde a sua humildade mas mesmo assim, e logo à primeira audição da faixa de abertura, “Dark Rider”, fica-se com a certeza que aquilo que não é entregue com a produção é compensado com energia da entrega e pelas composições em si, com refrões da velha guarda, riffs e solos a condizer. Talvez a voz de Esteban Peñailillo seja forçada demais – grave e arranhada como se fosse um Pancho Villa alcoolizado – mas tal também só reforça o poder do som da banda chilena, embora a longo prazo seja algo que a limita. E é esse o fino equilíbrio deste trabalho, aquilo que o serve agora, será o que o virá a prejudicar no futuro.
Não havendo propriamente nenhuma referência chapada nestes nove temas, a identidade parece estar formada mas a impressão que fica é que é necessário um salto evolutivo no próximo trabalho, já que a aposta da banda terá que dar frutos e o equilíbrio descrito no final do parágrafo passado não existirá nessa altura. A energia pura e dura de “Heavy Metal Rage” tem o prazo de validade muito curto e exige actualização rápida. Os pontos principais estão presentes, faltam os retoques que transformam uma proposta banal em genial.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
A produção não esconde a sua humildade mas mesmo assim, e logo à primeira audição da faixa de abertura, “Dark Rider”, fica-se com a certeza que aquilo que não é entregue com a produção é compensado com energia da entrega e pelas composições em si, com refrões da velha guarda, riffs e solos a condizer. Talvez a voz de Esteban Peñailillo seja forçada demais – grave e arranhada como se fosse um Pancho Villa alcoolizado – mas tal também só reforça o poder do som da banda chilena, embora a longo prazo seja algo que a limita. E é esse o fino equilíbrio deste trabalho, aquilo que o serve agora, será o que o virá a prejudicar no futuro.
Não havendo propriamente nenhuma referência chapada nestes nove temas, a identidade parece estar formada mas a impressão que fica é que é necessário um salto evolutivo no próximo trabalho, já que a aposta da banda terá que dar frutos e o equilíbrio descrito no final do parágrafo passado não existirá nessa altura. A energia pura e dura de “Heavy Metal Rage” tem o prazo de validade muito curto e exige actualização rápida. Os pontos principais estão presentes, faltam os retoques que transformam uma proposta banal em genial.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
