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Burning Black - "Remission Of Sin" Review


Nem só de power metal sinfónico (ou sem ser sinfónico) vive a Itália. Também existe espaço para heavy metal mais tradicional dos Burning Black. “Remission Of Sin” é já o terceiro álbum, após um longo silêncio de cinco anos, que não lhes fez mal nenhum, pelo contrário. Se nos álbuns anteriores a banda estava mais próxima da receita norte-americana, desta feita há uma maior aproximação ao som europeu, mas mesmo assim conserva a e energia própria do heavy metal do outro lado do oceano Atlântico e essa conjugação resulta de forma perfeita.

“Remission Of Sin” não escapa aos lugares comuns do género mas nem é essa a sua intenção. Assume-se como um álbum de heavy metal em todo o seu esplendor, cheio de raça e sangue na guelra, que é mesmo como deve soar. Riffs frenéticos (como o de “Mercenary Of War” e o de “Visionary In A Primitive Future”), riffs mais clássicos (o do tema título e da “Flag Of Rock” dão aquele toque muito próprio do estilo que nos dá a sensação de que já ouvimos os temas centenas de vezes antes, mesmo sendo a primeira vez que eles nos passam pelos ouvidos) e sobretudo muita energia, como a “Crucified Heart” é a prova viva.

Basicamente, ao terceiro álbum, os italianos dão uma lição de como fazer bom heavy metal sem ter preocupações de inovação mas sem soar particularmente derivativos. Claro que existem bandas que surgem (como os Grave Digger no refrão da “Love Me”), mas na generalidade a personalidade e identidade da banda italiana está bem presente e definida. Pode-se pensar que não é preciso muito para se ter um bom álbum de heavy metal e na realidade aquilo que é necessário é bem simples, mas é na sua simplicidade que reside a maior dificuldade em ser atingida. Os Burning Black atingem-na com mestria.

 
Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira