Lançado apenas dois anos depois do último trabalho, "Lights Out", a banda de black metal norueguesa,volta à carga sem mudar muito à sua fórmula, o que faz com que este terceiro álbum seja aquele que estabelece definitivamente a identidade dos Posthum. Se por um lado é um facto positivo, já que assim, fica-se a saber o que se pode contar. Por outro, o marasmo e a previsibilidade pode afectar as expectativas para um eventual trabalho. Passando por cima destas considerações, é inegável de que "The Black Northern Ritual" é uma boa proposta de black metal, conjugando na perfeição as regras mais herméticas do estilo com abordagens mais modernas.
A produção é forte e cristalina mas mesmo assim consegue manter aquela aura ríspida própria do black metal e como este estilo vive das ambiências que se transmitem, esse é sem dúvida um ponto a ter em consideração. Outra das características mais marcantes deste trabalho é o mid tempo, que também ajuda a acentuar essas tais ambiências. Faixas como "Condemned" e "To The Pits" tornam-se quase claustrofóbicas e ao mesmo tempo atmosféricas, dando uma sensação de confinação e ao mesmo tempo liberdade, alternando, cada uma delas, com momentos mais uptempo.
Sendo um black metal um estilo que viver maioritariamente de ambiências/atmosferas e de riffs, aqui pode-se visualizar os dois pontos a serem atingindos mas mesmo assim é inevitável sentir que no final dos quarenta minutos que dura o álbum algo fica a faltar. Talvez pela fórmula tornar-se um pouco cansativa, talvez por não haver nenhuma faixa que salte ao ouvido apesar de todas elas terem momentos interessantes (como a melodia tipicamente black metal escandinavo do tema título). Se o terceiro álbum é aquele que decide se uma banda tem futuro ou não, este é aquele que diz aos Posthum para acrescentarem mais qualquer coisita ao seu som, que só assim é capaz de se tornar aborrecido. Mesmo que, tal como as coisas estão, a música vá crescendo aos poucos, a cada audição. É preciso perseverança.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
A produção é forte e cristalina mas mesmo assim consegue manter aquela aura ríspida própria do black metal e como este estilo vive das ambiências que se transmitem, esse é sem dúvida um ponto a ter em consideração. Outra das características mais marcantes deste trabalho é o mid tempo, que também ajuda a acentuar essas tais ambiências. Faixas como "Condemned" e "To The Pits" tornam-se quase claustrofóbicas e ao mesmo tempo atmosféricas, dando uma sensação de confinação e ao mesmo tempo liberdade, alternando, cada uma delas, com momentos mais uptempo.
Sendo um black metal um estilo que viver maioritariamente de ambiências/atmosferas e de riffs, aqui pode-se visualizar os dois pontos a serem atingindos mas mesmo assim é inevitável sentir que no final dos quarenta minutos que dura o álbum algo fica a faltar. Talvez pela fórmula tornar-se um pouco cansativa, talvez por não haver nenhuma faixa que salte ao ouvido apesar de todas elas terem momentos interessantes (como a melodia tipicamente black metal escandinavo do tema título). Se o terceiro álbum é aquele que decide se uma banda tem futuro ou não, este é aquele que diz aos Posthum para acrescentarem mais qualquer coisita ao seu som, que só assim é capaz de se tornar aborrecido. Mesmo que, tal como as coisas estão, a música vá crescendo aos poucos, a cada audição. É preciso perseverança.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira