Certas bandas causam sempre uma dose de sofrimento a cada momento de silêncio que infligem ao mundo. Os Primordial estão sem dúvida entre esses abençoados e a espera por este trabalho, já o seu oitavo, foi dolorosa, apesar de terem passado apenas três anos desde que “Redemption At The Puritan’s Hand” viu a luz do dia. As expectativas, como seria de esperar, eram enormes e elas acabam por ser correspondidas ponto por ponto, o que para alguns poderá significar uma certa desilusão, já que não existem surpresas absolutamente nenhumas. Encaremos a realidade, os Primordial são o que são e não será previsível num futuro próximo começarem a tocar hip-hop ou djent (não que existe alguma relação entre os dois géneros).
Com o tema título a soar familiar, é neste momento que se apercebe o poder que esta banda tem quando apresenta algo que nos soa familiar mas mesmo assim é recebida com entusiasmo. Garantidamente não é algo ao alcance de qualquer banda. O tom épico e dramático com que a música ecoa impressiona principalmente por ser tipicamente Primordial. Com um grande riff em tom de cavalgada, a viagem tem início, uma viagem por campos de batalha. É esta capacidade de criar imagens que faz com que Primordial tenha chegado onde chegou e ela continua intacta ao oitavo trabalho. O que o tema título também revela é alguma capacidade de progressão, fazendo com que os temas (todos acima dos cinco minutos e meio) suportem bem a sua longa duração.
A maneira como o trabalho flui também é admirável, já que as faixas se vão sucedendo sem quase se notar a passagem das mesmas, embora existam alguns momentos que não resultam em pleno como a "Babel's Tower" que se sustenta praticamente apenas pela vida com que Alan lhe dá através da sua voz. O momento mais surpreendente acaba por ser a "The Seed Of Tyrants" com um ritmo bastante uptempo e com vocalizações mais extremas, algo que cai mesmo bem no espírito deste álbum, acabando por ser um dos grandes momentos do mesmo. Por outro lado temos temas mais contemplativos como "The Alchemist's Head", criando uma ambiencia algo creepy de assinalar. Com uma produção ainda mais orgânica, onde o baixo surge com destaque - o que é bom - este é mais um grande álbum por parte dos irlandeses que continua a dominar a mistura do seu folk com o metal mais épico, mantendo a sua identidade muito própria intacta. Como disse no início, os Primordial são o que são, o que foram, o que vão sempre ser. E ainda bem que assim o é.
Com o tema título a soar familiar, é neste momento que se apercebe o poder que esta banda tem quando apresenta algo que nos soa familiar mas mesmo assim é recebida com entusiasmo. Garantidamente não é algo ao alcance de qualquer banda. O tom épico e dramático com que a música ecoa impressiona principalmente por ser tipicamente Primordial. Com um grande riff em tom de cavalgada, a viagem tem início, uma viagem por campos de batalha. É esta capacidade de criar imagens que faz com que Primordial tenha chegado onde chegou e ela continua intacta ao oitavo trabalho. O que o tema título também revela é alguma capacidade de progressão, fazendo com que os temas (todos acima dos cinco minutos e meio) suportem bem a sua longa duração.
A maneira como o trabalho flui também é admirável, já que as faixas se vão sucedendo sem quase se notar a passagem das mesmas, embora existam alguns momentos que não resultam em pleno como a "Babel's Tower" que se sustenta praticamente apenas pela vida com que Alan lhe dá através da sua voz. O momento mais surpreendente acaba por ser a "The Seed Of Tyrants" com um ritmo bastante uptempo e com vocalizações mais extremas, algo que cai mesmo bem no espírito deste álbum, acabando por ser um dos grandes momentos do mesmo. Por outro lado temos temas mais contemplativos como "The Alchemist's Head", criando uma ambiencia algo creepy de assinalar. Com uma produção ainda mais orgânica, onde o baixo surge com destaque - o que é bom - este é mais um grande álbum por parte dos irlandeses que continua a dominar a mistura do seu folk com o metal mais épico, mantendo a sua identidade muito própria intacta. Como disse no início, os Primordial são o que são, o que foram, o que vão sempre ser. E ainda bem que assim o é.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira