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Armageddon - "Captivity And Devourment" Review


Os Armageddon notabilizaram-se por ser um projecto do então guitarrista dos Arch Enemy, Michael Amott. Quando o primeiro álbum dos Arch Enemy foi lançado no Japão, teve lá um grande sucesso e na tour por terras do sol nascente, Michael conseguiu um contrato para um projecto seu chamado Armageddon e lançaram três álbuns, cada um deles como uma coisa do momento, nos intervalos dos lançamentos dos álbuns da sua banda principal na altura. Entretanto, Michael entrou num vai e vem nos Arch Enemy, saindo em 2005 para se dedicar aos estudos, voltando em 2007 apenas para abandonar em 2011. No ano seguinte, os Armageddon foram reactivados e com uma formação totalmente renovada, temos este "Captivity And Torment".

Para quem já os conhece, já sabe o que esperar, death metal melódico sem que, no entanto, não tenhamos uma aproximação evidente aos Arch Enemy, que seriam um ponto de referência/influência óbvia e natural. Amott é um animal na guitarra, esse ponto continua bem acente, e aqui rodeou-se muito bem pela restante banda, onde se destaca o guitarrista Joey Conception, não esquecendo a Sara Claudius no baixo e Márton Veress na bateria. O tema título é o início mais que apropriado para este álbum, um malhão de death metal melódico viciante e que marca o ritmo para o resto do trabalho.

Fugindo completamente dos dois últimos álbuns, que tinham um ambiente totalmente power metal, "Captivity And Devourment" é implacável do início ao fim, não se podendo dizer que exista aqui momentos fracos ou material para enchidos. Numa altura em que tudo o que tenha a etiqueta de death metal melódico é de fugir, este álbum mostra que para quem anda nisto antes de ser moda, há um selo de qualidade que não engana. E quem fica a ganhar é a dinâmica, conjugando temas como a instrumental "Background Radiation" ou a "Rendition", com o seu refrão bonitinho, com outros mais in your face como "Conquer" e "Thanatron" mas que mesmo assim não dispensam a melodia. O saldo final é para lá de positivo, somado. Só pelos solos de guitarra, este disco seria acima da média, como não tem só solos de guitarra... é ainda melhor.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira