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Epica - "The Quantum Enigma" Review


Ahhh, os Epica. É tão bom ver uma banda que teve logo tanto sucesso no início da sua carreira, seja pelo facto de ser a banda que Mark Jansen criou depois de sair dos After Forever, seja pelo o encanto que a sua diva, Simone Simons, provocou logo entre todos os apreciadores/as de metal sinfónico. Apesar de não haver momentos maus na sua discografia, em alguns dos seus trabalhos houve um certo estagnar e uma certa dificuldade em tornar relevantes as suas músicas em relação ao passado. Com isto dito, pode-se dizer com tranquilidade que "The Quantum Enigma" injecta uma dose de energia bem necessária a qualquer banda que se quer manter no topo da sua forma. Após a intro sinfónica da praxe, na forma de "Originem", é com "The Second Stone" que as coisas realmente aquecem, com um grande tema, memorável, que fazia falta para aqueles que estavam mais receosos.

Com "The Essence Of Silence", a banda prova de que não foi um tiro no escuro e é algo que podemos afirmar também nas restantes faixas. Potência, melodia, solos, o elemento sinfónico em grande... o que é que se pode pedir mais? Uma coisa de salientar é que ao incluir músicas mais pequenas, foi uma excelente forma de conseguir algum imediatismo. Estas palavras podem levar a pensar-se que os Epica tornaram-se mais comerciais, o que está totalmente longe da verdade. A banda continua bem metal, se não ainda mais, mas ao fazer faixas mais pequenas e com um certo encadeamento lógico entre elas, faz com que o material não seja tão denso de absorver e mesmo assim, mantenha a sua complexidade sinfónica e o seu peso metálico - afinal são mais de setenta e quatro minutos repartidos por catorze músicas - e também temos direito a dois épicos de quase oito e doze minutos, portanto não se trata de uma revolução.

A questão do número de músicas e da duração do trabalho é outra questão engraçada. Este álbum simplesmente não cansa, pelo contrário, é difícil de parar de o ouvir. Para quem tinha perdido a fé na banda ou ficado cansado do seu estilo, este trabalho será aquele que os vai chamar de volta e em boa hora, porque este é realmente o melhor trabalho do grupo holandês nos últimos anos (não querendo arriscar que é o melhor de sempre, deixando que o tempo responda serenamente a essa questão). O melhor é que, tal é a energia, que ficamos mesmo convencidos de que os Epica ainda são capazes de fazer ainda melhor. Mesmo que não sejam... se mantiverem o nível, já ficam com um avanço considerável em relação à concorrência.


Nota: 9/10


Review por Fernando Ferreira