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Momentum - "The Freak Is Alive" Review


Da fria e exótica Islândia surge-nos o segundo álbum dos Momentum, com este “The Freak Is Alive”, cuja primeira faixa, “Bury The Eyes Once Gold” parece um seguimento natural do seu passado death metal, pelo menos nos primeiros minutos da mesma, entrando depois numa toada algo aborrecida que é sintomática daquilo que se pode ouvir no resto do trabalho. Bastava um parágrafo para definir este trabalho, mas tal seria injusto e até aceder a um estado de letargia ao qual se deve combater, mesmo que seja um estado provocado pela própria audição de “The Freak Is Alive”.

Com um conceito ambicioso que visa pegar no ouvinte e a levá-lo numa viagem surreal através da mente subconsciente, dando-lhe uma orientação mas sem ser castrador demasiado para que limite os resultados interpretativos que o mesmo possa ter. O que no papel é fantástico. Na prática, é aborrecido. Falta punch a este trabalho, ficando um pouco a sensação que se teve com a mudança dos Opeth e com o sabor meio aguado de “Heritage”, um trabalho que cujo maior problema era mesmo o anterior álbum ser bastante diferença. Aqui, os Momentum não têm o background que a banda sueca tem (logo não têm tanto espaço de manobra) mas o trabalho em si soa muito pouco empolgante.

Os mais teimosos e de mente aberta poderão encontrar as suas qualidades, que vão surgindo aos poucos mas o grande desafio é ter paciência para chegar a esse ponto. O início da “Familiar Unknown” é sintomático de como o ouvinte comum mortal se sente no final desta audição. Cansado para não dizer exausto. Fazendo dois trocadilhos desnecessários poderia dizer-que o momentum da banda islandesa já lá vai e que o “Freak está morto”. O problema é que ainda não deu conta disso.


Nota: 4/10

Review por Fernando Ferreira