Àlbum de estreia deste projecto de Sergio Calzoni, conhecido músico, compositor, produtor de música electrónica, mais conhecido por ser um dos membros-fundadores dos Act Noir e Alma Mater. Orghanon anda pelos territórios da ambient music e é impossível lhe resistir, assim como lhe é impossível não associar a um qualquer filme que não tenha sido feito. É curioso que o título, “Figures In Slow Motion”, remeta para um estado de espírito que é comum a todo o álbum. Todas as dez músicas aqui contidas parece que foram criadas para acentuar o climax dramático de alguma cena de um filme que se passe em câmara lenta.
É um dos casos em que a música na teoria (e na prática) não tem nada relacionado com metal mas mesmo assim há uma forte probabilidade de ser apreciado por fãs de música pesada. Isto porque tanto os fãs de metal como os de ambiente music, com as devidas excepção, claro, são fãs de paisagem sonoras, fãs de meios de transporte para outro mundo. O facto de não haver distorção, guitarras, bateria e voz não implica que não exista aqui um certo peso emocional, mais acentuado numas faixas que noutras. Mas ele está lá, presente, para quem o conseguir reconhecer.
Também é certo que nem todos os fãs de metal ou até mesmo rock tenham paciência para um álbum sem distorção, guitarras, bateria e voz, no entanto, para quem for apreciador de música de bandas sonora ou de ambiente music, tem aqui um dos grandes álbuns para 2015 – sim a sua qualidade permite já fazer um pouco de futurologia. Melodia, introspecção, sensibilidade, arranjos electrónicos de extremo bom gosto, “Figures In Slow Motion” é uma lição de como a música electrónica pode e deve ser usada para o “bem”. O potencial é infinito.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
É um dos casos em que a música na teoria (e na prática) não tem nada relacionado com metal mas mesmo assim há uma forte probabilidade de ser apreciado por fãs de música pesada. Isto porque tanto os fãs de metal como os de ambiente music, com as devidas excepção, claro, são fãs de paisagem sonoras, fãs de meios de transporte para outro mundo. O facto de não haver distorção, guitarras, bateria e voz não implica que não exista aqui um certo peso emocional, mais acentuado numas faixas que noutras. Mas ele está lá, presente, para quem o conseguir reconhecer.
Também é certo que nem todos os fãs de metal ou até mesmo rock tenham paciência para um álbum sem distorção, guitarras, bateria e voz, no entanto, para quem for apreciador de música de bandas sonora ou de ambiente music, tem aqui um dos grandes álbuns para 2015 – sim a sua qualidade permite já fazer um pouco de futurologia. Melodia, introspecção, sensibilidade, arranjos electrónicos de extremo bom gosto, “Figures In Slow Motion” é uma lição de como a música electrónica pode e deve ser usada para o “bem”. O potencial é infinito.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
