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SAOR - "Roots" Review



“Aura” é um trabalho monumental e surge apenas um ano depois de “Roots” ter estreado os SAOR nas andanças discográficas, pelo que se pode estranhar que apenas dois anos depois, já esteja a ser reeditado mais uma vez. Sim, mais uma vez, porque este “Roots” primeiramente foi lançado sobre outra designação (Àrsaidh) em Maio de 2013, tendo sido reeditado dois meses depois já com o nome SAOR, mas unicamente em formato digital, com a inclusão de uma faixa bónus, cover dos Ainhsval, de seu nome “Pictish Pride”. Assim sendo, até se justifica a reedição em formato físico já que a única que existe nesse formato é ainda com a designação anterior do projecto. A Northern Silence aproveitou da melhor forma esta lacuna, disponibilizando esta edição tanto em CD jewel case como digipack, sendo que ambas incluem a faixa bónus da edição digital.

A riqueza deste trabalho dispensa todas as apresentações e só faz com que  este projecto, esta one-man-band, seja uma das coisas mais excitantes que o metal extremo tem para apresentar. Iria mais longe e diria que será mesmo a galinha dos ovos de ouro da Northern Silence Productions. “Roots” é um trabalho impressionante que não será de fácil digestão ou absorção visto ser composto na sua maioria por faixas acima dos dez minutos, mas é de uma riqueza extraordinária. Um álbum que não envelhece – ok, ok, só passaram dois anos, mas é a sensação de imortalidade que leva a com que se diga uma afirmação deste teor.

Tendo muito em comum com projectos e bandas semelhantes, sendo o exemplo mais forte que surge os Moonsörrow, este trabalho é simplesmente espantoso. De qualquer forma, compreende-se quem não se sinta propriamente fascinado com as repetições constantes das melodias (ou seja, para quem resiste ao factor hipnótico que essas mesmas repetições oferecem) ou para quem não tenha paciência para o lado épico do metal extremo. Mesmo assim, mesmo com esta atenuante, haverá algo em “Roots” que terá um impacto positivo. É impossível que assim não seja, já que este é um trabalho que grita clássico por todos os poros e notas musicais.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira