Ora aqui está um nome comprido, grande e que não soa a banda de deathcore. Só isto é uma vitória. Na verdade, os Stereotypical Working Class não têm nada de metal ou hardcore. Esta banda francesa tem mais em comum com as facções mais alternativas do rock pesado do que com outra coisa qualquer. A voz de Martin S. tem qualquer coisa de Brian Molko, o que à partida até pode ser mais mau do que bom mas neste caso a voz de Martin até é bem mais agradável. Em termos instrumentais, este trabalho é para lá de sólido tendo até um pouco do brilhantismo que normalmente se associa a trabalhos de rock/metal progressivo e que lhe dão uma força acrescida que é muito bem vinda.
Sendo o género alternativo (e tal como o nu metal, que também se vê representado aqui de forma ténue mas constante, com uma certa costela de Deftones)como um dos grandes rivais do metal – embora possa soar contraditório, o que é certo é que sempre um certo distanciamento entre os dois géneros, ou principalmente, pelas bandas que os compõem, embora o público, esse, seja essencialmente o mesmo. A forma como tudo atrás mencionado e ainda componentes electrónicas (riffs que poderiam estar num álbum de Green Day ou Offspring) se misturam bem e como tudo soa homogéneo além de ser fruto de talento óbvio, também é indicação da experiência da banda – este é já seu terceiro álbum.
Não será o álbum pelo qual os apreciadores de metal se vão apaixonar perdidamente mas há aqui matéria suficiente para garantir umas boas audições, porque há sempre uma certa intriga que sobra no final de cada vez que o álbum é ouvido. O mal dos géneros atrás indicados é que assim que se aperceberam de que havia potencial comercial para o mesmo, começaram a surgir propostas a torto e direito, com o único intuito de ser consumido rapidamente, de forma descartável. “Every Cloud Has A Silver Lining” não é um trabalho descartável, é música com profundidade suficiente para conquistar o direito a várias audições e a resistir à passagem dos anos. Embora não seja de prever que esta banda venha a dominar as lides da música comercial nos próximos anos, talento para isso não lhes falta.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Sendo o género alternativo (e tal como o nu metal, que também se vê representado aqui de forma ténue mas constante, com uma certa costela de Deftones)como um dos grandes rivais do metal – embora possa soar contraditório, o que é certo é que sempre um certo distanciamento entre os dois géneros, ou principalmente, pelas bandas que os compõem, embora o público, esse, seja essencialmente o mesmo. A forma como tudo atrás mencionado e ainda componentes electrónicas (riffs que poderiam estar num álbum de Green Day ou Offspring) se misturam bem e como tudo soa homogéneo além de ser fruto de talento óbvio, também é indicação da experiência da banda – este é já seu terceiro álbum.
Não será o álbum pelo qual os apreciadores de metal se vão apaixonar perdidamente mas há aqui matéria suficiente para garantir umas boas audições, porque há sempre uma certa intriga que sobra no final de cada vez que o álbum é ouvido. O mal dos géneros atrás indicados é que assim que se aperceberam de que havia potencial comercial para o mesmo, começaram a surgir propostas a torto e direito, com o único intuito de ser consumido rapidamente, de forma descartável. “Every Cloud Has A Silver Lining” não é um trabalho descartável, é música com profundidade suficiente para conquistar o direito a várias audições e a resistir à passagem dos anos. Embora não seja de prever que esta banda venha a dominar as lides da música comercial nos próximos anos, talento para isso não lhes falta.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira