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Tankard - "R.I.B." Review



Tankard, uma das maiores instituições germânicas de thrash metal, a par dos três grandes que partilham a mesma nacionalidade - Kreator, Destruction e Sodom. Com uma carreira já com mais de trinta anos,  e uma impressionante marca de dezasseis trabalhos, cada álbum que lançam tem apenas o objectivo de partilhar com o mundo mais uns temas de thrash metal e mais uns títulos com trocadilhos que metam ou cerveja, ou whiskey ou bebida no geral. E estas são as expectativas para um álbum deles, basicamente. Não há muito mais além disto, pelo que são expectativas bastante fáceis de atingir. É o que acontece aqui, na generalidade.

"War Cry" até surpreende com o seu início acústico, os seus riffs e ritmos viciantes e os solos em simultâneo, mas conforme a repetição da música começa a ser excessiva lá mais para o seu final, há algo que nos diz que este álbum não vai ser tão diferente dos outros, no entanto, por diversas vezes se é enganado - o início meio doom do tema título é um outro que também parece que vai surpreender, mas depois acaba por ir parar ao mesmo sítio de sempre (sem contar com a passagem de coro que realmente soa imponente). Dito desta forma até pode parecer mau. Não é. Claro que os Tankard não serão uma banda que se preveja a lançar um álbum que deixe todos os fãs de thrash metal de queixo no chão, ou que possam revolucionar o quer que seja. A questão é que... a banda nunca se propôs a isso. Tal como ninguém espera que os Motörhead faça o mesmo.

Aquilo que se associa à banda é cerveja, festa, bebida, alcóol, trocadilhos manhosos, whiskey, refrões que se repetem (por vezes demasiado), vodka, pelo menos um tema viciante por álbum e... não sei se me esqueci de mencionar cerveja. É o que se espera e é o que a banda entrega álbum após álbum. É o que temos aqui, a fórmula Tankard, a mesma desde "Zombie Attack" em 1986, que quem gosta gosta, quem não gosta, também não é agora que vai gostar. Como a banda diz no título da última música do álbum, a festa não acaba até que eles digam, e "R.I.B." demonstra que ainda tem fôlego para mais alguns anos de festança thrash alcoolico.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira