Já por diversas vezes falámos da quantidade de bandas sem editora que nos surgem, bandas com qualidade de se lhe tirar o chapéu. Os Amniac são oriundos da Grécia e encaixam-se perfeitamente nesta categoria, já que este "Infinite" é o seu trabalho de estreia, lançado em edição de autor. O seu estilo não é aquele que se esperaria de uma banda grega, mas quando a qualidade é boa, não interessa de onde ela chega. São sete faixas (incluindo dois breves interlúdios de grande qualidade) de sludge/pós-doom que se sucedem e fluem de forma notável ainda que denotem algumas pequenas questões.
A primeira é que não se trata de um álbum muito coeso. Talvez estejamos mal habituados, sobretudo se pensarmos nos nossos Process Of Guilt, mas existem certos álbuns que pedem que as suas faixas se unam mais, funcionem como uma sequência lógica de umas para as outras. Aqui cada uma das músicas parece ser algo desconexa, ainda que cada uma delas tenha uma qualidade inquestionável. A segunda é que músicas como a primeira, "And The Others Just Survive", e a "Rise Like The Suns" acabam por nos lembrar de momentos musicais de outras bandas que tiveram impacto em nós, mais do que apresentar novos momentos de igual impacto, algo mais original. A originalidade é sempre complicada principamente quando se tem pesos pesados como Isis, Cult Of Luna e Process Of Guilt para competir.
Quando se apresentam estes..."problemas" e mesmo assim se consegue afirmar que se está perante um grande álbum, é mesmo porque esta banda é um diamante em bruto e é mesmo essa sensação que se tem no final deste "Infinite". As questões que vão sendo levantadas aqui e ali acabam por ser insignificantes com a qualidade do trabalho como um todo, onde a sua maior qualidade são as imagens que cria e a forma como se torna hipnótico através do uso inteligente da repetição. Certamente a banda terá um futuro risonho e mostra ter muito potencial e muito por onde evoluir e aposta-se que nem será necessário esperar muito tempo.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
A primeira é que não se trata de um álbum muito coeso. Talvez estejamos mal habituados, sobretudo se pensarmos nos nossos Process Of Guilt, mas existem certos álbuns que pedem que as suas faixas se unam mais, funcionem como uma sequência lógica de umas para as outras. Aqui cada uma das músicas parece ser algo desconexa, ainda que cada uma delas tenha uma qualidade inquestionável. A segunda é que músicas como a primeira, "And The Others Just Survive", e a "Rise Like The Suns" acabam por nos lembrar de momentos musicais de outras bandas que tiveram impacto em nós, mais do que apresentar novos momentos de igual impacto, algo mais original. A originalidade é sempre complicada principamente quando se tem pesos pesados como Isis, Cult Of Luna e Process Of Guilt para competir.
Quando se apresentam estes..."problemas" e mesmo assim se consegue afirmar que se está perante um grande álbum, é mesmo porque esta banda é um diamante em bruto e é mesmo essa sensação que se tem no final deste "Infinite". As questões que vão sendo levantadas aqui e ali acabam por ser insignificantes com a qualidade do trabalho como um todo, onde a sua maior qualidade são as imagens que cria e a forma como se torna hipnótico através do uso inteligente da repetição. Certamente a banda terá um futuro risonho e mostra ter muito potencial e muito por onde evoluir e aposta-se que nem será necessário esperar muito tempo.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
