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Devathorn - "Vritra" Review



Segunda descarga black metal para os gregos Devathorn, após oito anos de silêncio (pelo menos no que diz respeito a álbuns de originais, já que lançaram dois splits, um em 2010 e outro em 2013. Para quem chegou só agora, podemos dizer apenas uma palavra e a coisa ficar bem resumida: Behemoth. Simples como isto. É a primeira coisa que nos surge na cabeça ao ouvir o tema de abertura “Veritas Universalis”, sem no entanto soar uma cópia deslavada ou sequer ter o mesmo nível de intensidade que os polacos conseguiram atingir no momento presente, com o seu último álbum de originais. Mas mesmo assim existem muitas semelhanças, separadas pela diferença que os Devathorn têm um pé mais fincado no black metal.

Outra coisa que salta logo à vista é a duração deste trabalho. Com onze músicas e com grande parte das músicas acima dos cinco minutos (com “Promethean Descent” a ultrapassar a marca dos dez), num total de mais de uma hora de duração, este é um trabalho ambicioso e não esquecendo de que continuamos a falar de black metal, caso não existam dinâmicas para manter a coisa interessante, dificilmente se chega ao final. Felizmente o interesse é algo que não escasseia ao longo deste trabalho, embora a dinâmica não seja o seu forte. Na maioria das vezes é um jogo de alternância entre o death/black mais compassado com as explosões de blastbeats que também são comuns aos dois registos.


Para o bem da dinâmica também temos alguns momentos instrumentais, que além de estabelecer e reforçar o ambiente para o álbum, também permite a que se consiga recuperar o fólego para mais intensidade. Além disso também temos uma certo feeling a Melesch que é muito bem vindo. “Vritra” é um álbum que reune algumas das influências mais interessantes da música extrema e com um resultado que não sendo do mais original que existe, sem dúvida que vai trazer uma boa dose de satisfação para os aficionados do género. É também um trabalho que vai crescendo a cada audição e que é demasiado denso, apesar dos lugares comuns, para que se ouça apenas uma vez.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira