Os duos estão em força e os Ghold São mais uns que chegam com este trabalho à marca do segundo álbum. "Saw The Falling" castiga o ouvinte que não sabe ao que vem com um doom bruto, arraçado de sludge, que funciona quase como uma forma de tortura sonora que todos os aficionados da letargia sonora não conseguirão ficar indiferentes. Baixo e bateria (e não esqueçamos os urros de Paul Anthony) que são capazes de deitar abaixo estádios de futebol reforçados e que provam de que apesar de todos os avanços que a música sofreu, com mp3, mp4, ipods, tablets, portáteis e o diabo a quatro, certas coisas simplesmente exigem ser ouvidas numa aparelhagem com colunas como devem ser (aquelas do tamanho de móveis. É o que acontece aqui, precisamente.
Isto não quer dizer no entanto que se trata de um álbum que cumpre todo o seu potencial prometido. Certos momentos, sente-se a falta de uma guitarra que nos traga mais dinâmicas, o que em temas como "Odic Force" era capaz de fazer alguma diferença pela positiva. Também temos momentos em que, pelo contrário, impressionam pela riqueza com que "apenas" um baixo e guitarra conseguem criar, como na "Partaken Incarnate". É entre estes dois mundos que "Of Ruin" se move e será também duas reacções que provoca: agrado para os que gostam de doom sujo e capaz de criar um basqueiral sludge de impôr respeito, e impaciência para quem passa o álbum todo à procura de algo, à espera daquele toque, ponto de viragem que vai tornar a música vencedora.
Qualquer um dos pontos de vista é plausível e faz sentido e é esse sentido plural de apreciação que predomina. Algumas faixas chamam a atenção enquanto outras imploramos que nos chame, coisa que nunca aconteceu de forma forte e clara. No total são seis faixas que se ouvem bem mas que conseguem falhar em tocar nos botões certos para que voltemos à carga para mais uma audição. Todavia, se a intenção for irritar os vizinhos, então este é o disco a tocar em altos berros, é o disco ideal para causar pânico em vizinhanças alheias. Interessante e recomendado para todos os fanáticos de doom.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Isto não quer dizer no entanto que se trata de um álbum que cumpre todo o seu potencial prometido. Certos momentos, sente-se a falta de uma guitarra que nos traga mais dinâmicas, o que em temas como "Odic Force" era capaz de fazer alguma diferença pela positiva. Também temos momentos em que, pelo contrário, impressionam pela riqueza com que "apenas" um baixo e guitarra conseguem criar, como na "Partaken Incarnate". É entre estes dois mundos que "Of Ruin" se move e será também duas reacções que provoca: agrado para os que gostam de doom sujo e capaz de criar um basqueiral sludge de impôr respeito, e impaciência para quem passa o álbum todo à procura de algo, à espera daquele toque, ponto de viragem que vai tornar a música vencedora.
Qualquer um dos pontos de vista é plausível e faz sentido e é esse sentido plural de apreciação que predomina. Algumas faixas chamam a atenção enquanto outras imploramos que nos chame, coisa que nunca aconteceu de forma forte e clara. No total são seis faixas que se ouvem bem mas que conseguem falhar em tocar nos botões certos para que voltemos à carga para mais uma audição. Todavia, se a intenção for irritar os vizinhos, então este é o disco a tocar em altos berros, é o disco ideal para causar pânico em vizinhanças alheias. Interessante e recomendado para todos os fanáticos de doom.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
