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Unleash The Archers - "Time Stands Still" Review


Se alguém ainda pensa que o Canadá não é dos destinos mais comuns para bandas de metal, então essa pessoa precisa de se actualizar urgentemente. Fora os nomes grandes que já fazem parte da história do metal mundial (tais como Annihilator, Kataklysm, Voivöd, Anvil e Razor entre outras), todos os dias nos chegam nomes novos que têm valor para sobressair na cena internacional. Os Unleash The Archers não são propriamente um desses novos nomes, já que este “Time Stands Still” é já o seu terceiro trabalho, no entanto, os seus anteriores álbuns foram lançados de forma independente e agora têm por trás a influente Napalm Records que demonstra confiar na sua mistura de power metal com um ligeiro toque de death metal.

Apesar de terem uma vocalista (Brittney Slayes), não é o típico caso em que temos uma voz angelical a contrabalançar com a voz gutural, até porque essa voz gutural mal se faz ouvir ao longo destes nove temas (não contando com a intro “Northern Passage”) e na verdade, a voz de Brittney está mais próxima da de um vocalista de power metal que gosta de andar pelo registo mais agudo do que propriamente de uma vocalista melódica. Se não se soubesse de antemão que se tratava de uma vocalista, não era pela audição que se chegava lá – isto para aqueles que já têm alguma experiência no género. Se as vozes (ambas) passam no teste, o que dizer das músicas, que se formos a ver, é o que realmente interessa?

Bem, é power metal. Apesar dos guturais, é power metal, umas vezes mais épico (“Dreamcrusher”), outras mais tipicamente power metal moderno (“Frozen Steel” e “Hail Of The Tide”) e outras bem heavy metal (“Test Your Metal”), mas sempre power metal. Ora o problema que possas surgir daqui é que para quem não aprecia o estilo, não existe aqui nenhuma variação, nenhum atractivo extra que os faça mudar de ideia. É portanto o trabalho indicado a todos os amantes do género, que não encontrarão dificuldades em gostar deste álbum, embora possa encontrar alguma dificuldade em conseguir memorizar as músicas, já que nenhuma delas agarra ou ouvinte pelos ouvidos. Não sendo completamente banal, também não é propriamente especial. Este álbum é uma boa apresentação da banda ao público mas faltam clássicos.


Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira