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Mordaça – Uma década “Sempre a lutar”


No ano em que celebra uma década de existência, a banda lisboeta de punk/hardcore, Mordaça, lançou “Sempre a lutar”, o seu segundo trabalho de estúdio, decorridos já sete anos desde o álbum (homónimo) de apresentação.

Segundo o baterista e membro fundador, Ricardo Silva (Mike), a banda não esteve propriamente “parada” neste interregno, já que o processo criativo nunca foi interrompido mas, além das questões pessoais e profissionais, as alterações na formação da banda acabaram por atrasar o lançamento do álbum.

“Acho que as alterações (dos membros da banda) foram “um mal que veio por bem”. Se por um lado, fez com que adiássemos o lançamento deste álbum, por outro, fez com que crescêssemos como banda e amadureceu-nos. (…) Todos os membros, que passaram e seguiram outros caminhos, deixaram sempre a sua marca. Tenho de destacar a presença do João Duarte (Déris) que teve um papel importante em várias malhas deste álbum e fez (e continua a fazer) muito por este projecto. A criação de música nos Mordaça é sempre composta por cinco partes, todos damos o nosso contributo. Tem muito a ver com o feeling que está na sala. Há sempre ali uma ligação que não se vê mas sente-se.” – Explicou o baterista.

“Sempre a lutar” conta com a performance vocal de dois artistas convidados, com quem os Mordaça têm grande afinidade: Hugo Lourenço (Zé Goblin), vocalista dos Trinta e Um, e Inês Menezes, vocalista dos Nostragamus, nos temas “2795” e “Ovelha Mansa, respectivamente. Parcerias que, segundo Mike, estavam “destinadas a acontecer”.

Os Mordaça partilharam o palco, recentemente, com os norte-americanos Merauder, acompanhados dos Dimension e dos Diabolical Mental State, o que alimentou ainda mais a possibilidade da banda portuguesa enveredar por uma digressão fora de portas: “Já se falou numa possível tour fora do país…mas vamos dar um passo de cada vez.”.

Para já, estão asseguradas, para este Outono, novas datas na zona sul do país e pela capital, já que, para os Mordaça, os concertos ao vivo são uma prioridade: “Queremos tocar! Tocar muito! Este ano já pudemos participar no Santa Maria Summer Fest e curtimos a experiência. Queremos repetir e continuar a trabalhar, até porque temos músicas que não conseguimos/quisemos introduzir neste álbum, portanto, estamos a estudar a hipótese de talvez fazer um split ou um “lado B”. Este ano, em Outubro, celebramos 10 anos e curtíamos festejar da melhor maneira possível. Tenho a certeza e a confiança que este álbum preenche as medidas de muitos fãs deste estilo de música.” – Finalizou o baterista.

A banda disponibilizou um vídeo provisório do tema “2795” que pode ser assistido aqui.

Por: Ângela Fontão Teixeira - 06 Agosto 15