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Entrevista a Fjorsvartnir

Foi já no final de Maio que Fjorgynn lançou o segundo álbum, “Mzoraxc' Forbandelse”, sob a bandeira de Fjorsvartnir através da Grom Records. É sempre difícil conduzir uma entrevista quando estamos perante um homem de poucas palavras, mas mesmo assim pensamos que o conceito do disco acaba por ser explicado em termos q.b. Que a maldição de Mzoraxc se solte! 

M.I. - Sobre o título do álbum, o que é a maldição de Mzoraxc?

Antes de Fjorsvartnir tinha outra banda chamada Mzoraxc. Muita merda aconteceu na altura, por isso pode dizer-se que foi uma espécie de maldição. Além disso, Mzoraxc é a terra/submundo de todo o mal, morte e sofrimento, onde espíritos meio mortos acabam e ficam presos. É tudo tirado da minha imaginação, fantasia, mitologia, mundo, mas influenciado por Hades. É sobre o regresso dessa maldição que o álbum nos fala.


M.I. - Portanto, trata-se de um álbum conceptual?

É mitologia escandinava versus submundo Mzoraxc e o que pode vir daí. É bem porreiro. Devia escrever um livro sobre isso um dia destes…


M.I. - Apesar da veia melódica, o som de Fjorsvartnir é um pouco cru. É uma forma de te manteres em contacto com os valores antigos?

Não, apenas achei que era o som perfeito para Fjorsvartnir. Não quero aquele som de Dimmu Borgir à 2015! Isso iria arruinar os temas e a atmosfera. É tão chato e digital nos dias que correm… Não há diferenças de produção entre 2012-2015… Soa tudo ao mesmo, apenas as vozes fazem com o que notes diferença entre bandas.


M.I. - A capa do disco é bem obscura e nórdica. Podes descrever os vários ícones? Os esqueletos a criar a ponte, a entidade no barco, um mosteiro…

É a entrada para Mzoraxc.


M.I. - O som do projecto é baseado no black metal, mas há algumas nuances death metal aqui e ali. Concordas?

Hum, será? Deve ser por causa do triggered bass-drum que faz com que soe um pouco death metal. Eu queria um bass-drum acústico, mas quando a bateria se torna muito rápida tens mesmo de usar triggers (ou um soundreplacer, como fiz).


M.I. - Também fazes parte de outros projectos, mas em Fjorsvartnir trabalhas sozinho. É o teu refúgio para criares a tua própria música sem influência de outros?

Sim, prefiro trabalhar assim sozinho sem interrupções no processo criativo.


M.I. - Quão importantes são as paisagens escandinavas para o teu trabalho?

A Dinamarca é um país plano e enfadonho! Temos umas florestas agradáveis, mas só isso. Portanto, não é nada importante. No entanto, é bom fazer uma longa caminhada por lá, relaxar e tirar umas fotos, especialmente quando a neve acabou de cair.

Entrevista realizada por Diogo Ferreira