Alguém se lembra dos Hanoi Rocks? E do seu vocalista Michael Monroe? Talvez não, mas nos dias que correm em que o passado parece mais perto que nunca, talvez até estes dois nomes surjam como familares para alguns dos nossos leitores que sejam fãs de bom hard rock porque era isso que os Hanoi Rocks entregava, liderados por um bem carismático Michael Monroe. Para quem espera mais um álbum de hard rock com sabor a bafio, que se desengane. Para que se fique logo à vontade basta ouvir a "This Ain't No Love Song" que dá o mote para o resto do álbum. É como se os Ramones aprendessem mais uns acordes e a solar. Basicamente é a melhor comparação que se pode fazer.
Mais do que tentar recuperar a glória passada, Monroe consegue capturar essencialmente o melhor que a música dos anos oitenta tinha para oferecer, sempre com um saudável espírito punk que torna este trabalho bem refrescante e viciante. Do início ao fim, este é um trabalho que não dá descanso e não tem momentos fracos. Se também seria expectável algum momento mais azeiteiro para apelar ao comercialismo fácil - algo que hoje em dia já não faz nenhum sentido - a única coisa que se tem são alguns alguns momentos mas contemplativos mas que não chegam a comprometer - aquela "Keep Your Eye On You" parece mais próxima de um momento pesadão de Bruce Springsteen do que propriamente uma balada.
Um trabalho energético e incansável que demonstra uma vitalidade inesgotável. Já há muito tempo que não se ouvia um disco de hard rock que fosse tão rebelde mas ao mesmo tempo tão clichê - já que os lugares comuns do punk rock e do hard rock estão aqui todos misturados - e que mesmo assim resultasse de forma tão perfeita. Este é um trabalho recomendadíssimo não só para os fãs do som nostálgico mas como também, e principalmente, para aqueles que gostam de sentir que o rock é imortal. Não há nos últimos tempos prova maior que "Blackout States".
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Mais do que tentar recuperar a glória passada, Monroe consegue capturar essencialmente o melhor que a música dos anos oitenta tinha para oferecer, sempre com um saudável espírito punk que torna este trabalho bem refrescante e viciante. Do início ao fim, este é um trabalho que não dá descanso e não tem momentos fracos. Se também seria expectável algum momento mais azeiteiro para apelar ao comercialismo fácil - algo que hoje em dia já não faz nenhum sentido - a única coisa que se tem são alguns alguns momentos mas contemplativos mas que não chegam a comprometer - aquela "Keep Your Eye On You" parece mais próxima de um momento pesadão de Bruce Springsteen do que propriamente uma balada.
Um trabalho energético e incansável que demonstra uma vitalidade inesgotável. Já há muito tempo que não se ouvia um disco de hard rock que fosse tão rebelde mas ao mesmo tempo tão clichê - já que os lugares comuns do punk rock e do hard rock estão aqui todos misturados - e que mesmo assim resultasse de forma tão perfeita. Este é um trabalho recomendadíssimo não só para os fãs do som nostálgico mas como também, e principalmente, para aqueles que gostam de sentir que o rock é imortal. Não há nos últimos tempos prova maior que "Blackout States".
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
