E dá-lhe folk com força. É o que apetece dizer com a entrada da primeira música "Midsommer", o que é bom. Definitivamente bom e também definitivamente reconhecível. Aquela sensação perigosa de familiaridade que anda entre o "já-ouvi-isto-em-algum-lado" e o "já-ouvi-isto-em-todo-o-lado" é algo que percorre a faixa de uma ponta à outra, e que depois a primeira audição, verificamos que percorre o álbum de um lado ao outro. Seja Ensiferum, sejam os Eluveitie, sejam os Korpiklaani ou até Turisas, o que temos aqui já nos foi apresentado diversas vezes antes.
E depois? É mau?
Poderia ser, mas neste caso é bom, muito bom. Os dinamarqueses demonstram pontaria certeira nas melodias que escolhem e isso faz deste trabalho vencedor. A banda continua a ter uma voz gutural poderosissima, embora de vez em quando a voz mais rasgada (e também mais típica neste tipo de coisas) também faz a sua aparição. Acaba por ser na voz mais monocórdica e profunda que a banda consegue distanciar-se da sua concorrência (não querendo isto que é um avanço ou atraso... apenas vão numa direcção diferente), trazendo alguma frescura inesperada para quem já tinha um certo preconceito.
Não é o caso de ter uma base death metal com o folk a preencher os espaços vagos. Na realidade, sente-se quase o oposto. A base é definitivamente folk e o death metal, nomeadamente a voz profunda e ocasionalmente um ou outro pormenor instrumental, surge para preencher os espaços em brancos. Uma descrição/comparação fácil seria dizer que os In Flames, por alturas do "The Jester Race" tinham-se aventurado a tocar folk metal com flautas e gaitas de fole. E com uma voz de urso das cavernas. Para quem gosta de folk e não se importa de voz assim, tem aqui muitas horas de diversão.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
E depois? É mau?
Poderia ser, mas neste caso é bom, muito bom. Os dinamarqueses demonstram pontaria certeira nas melodias que escolhem e isso faz deste trabalho vencedor. A banda continua a ter uma voz gutural poderosissima, embora de vez em quando a voz mais rasgada (e também mais típica neste tipo de coisas) também faz a sua aparição. Acaba por ser na voz mais monocórdica e profunda que a banda consegue distanciar-se da sua concorrência (não querendo isto que é um avanço ou atraso... apenas vão numa direcção diferente), trazendo alguma frescura inesperada para quem já tinha um certo preconceito.
Não é o caso de ter uma base death metal com o folk a preencher os espaços vagos. Na realidade, sente-se quase o oposto. A base é definitivamente folk e o death metal, nomeadamente a voz profunda e ocasionalmente um ou outro pormenor instrumental, surge para preencher os espaços em brancos. Uma descrição/comparação fácil seria dizer que os In Flames, por alturas do "The Jester Race" tinham-se aventurado a tocar folk metal com flautas e gaitas de fole. E com uma voz de urso das cavernas. Para quem gosta de folk e não se importa de voz assim, tem aqui muitas horas de diversão.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
