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Ereb Altor - "Blot-Ilt-Taut" Review


Este álbum não é uma surpresa nenhuma. Os Ereb Altor nunca esconderam a admiração que nutrem (sempre nutriram e sempre nutrirão) pelo trabalho levado a cabo por Quorthon sob a denominação de Bathory pelo que um álbum apenas com covers da mítica entidade seria algo inevitável. Só faltava saber quando. A resposta é agora. "Blot-Ilt-Taut" é essa mesma resposta. E que resposta. Para o fã de Bathory, deverá ser extremamente complicado escolher um alinhamento limitado das melhores faixas, embora existam malhas que sejam inevitáveis e independentemente dos gostos, que quase todas das sete aqui contidas de certeza de que estariam sempre presentes.

É certo que nos faltam alguns clássicos como a "13 Candles" ou a "Call Of The Grave" da fase mais black metal ou a "Shores In Flames" ou "One Rode To Asa Bay", mas também, são músicas que já tiveram tantas versões de tantas bandas, que seria um pouco chove no molhado. Assim resumidamente, temos uma brutalíssima "A Fine Day To Die", com a sequência surpreendente (surpreendente porque não seria as escolhas mais óbvias) "Song To Hall Up High" e "Home Of Once Brave" que são um luxo, passando para os dois malhões que representam a fase black metal da banda - "The Return Of The Darkness And Evil" e a "Woman Of Dark Desires", que acabam por ser os elos mais fracos desta equação - e acabando em luxo com a "Twilight Of The Gods" (que só peca por ser um pouco a despachar - tem menos quatro minutos que a original) e a "Blood Fire Death", clássicos imortais do metal.

É estranho mas este álbum de covers - e não esqueçamos que se trata apenas de um álbum de covers - consegue nos entusiasmar quase tanto como se tivesse sido lançado pelo próprio Quorthon, mas efectivamente é isso que acontece. Estas versões têm uma potência tão grande que não só fazem justiça aos originais, como conseguem transportar-nos para os mesmos locais onde fomos quando ouvimos pela primeira vez temas como "A Fine Day to Day" e "Twilight Of The Gods". Os originais serão sempre os originais e não temos aqui nada de revolucionarimente novo e isso seria razão mais que suficiente para deixar passar ao lado este álbum mas... a partir do momento em que não o conseguimos parar de ouvir, é porque isso, definitivamente, significa algo.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira