O que acontece quando se juntam Amanda Somerville, Clémentine Delauney, Marina La Torraca e Anna Brunner? Obtém-se um novo projecto entitulado Exit Eden. Estas poderosissímas mulheres com vozes potentes integram grandes bandas de renome internacional, mas decidiram juntar forças em Exit Eden e estão aí para abalar a cena underground com o seu álbum de estreia “Rhapsodies in Black” (um álbum cheio de covers de artistas inesperados), a ser lançado pela Napalm Records no início de Agosto! A Metal Imperium teve a oportunidade de conversar com todas elas para saber mais sobre Exit Eden…
M.I. – Consideras que a cena underground estava a necessitar de uma banda como Exit Eden?
Marina: ExE é uma banda que eu gostaria de ouvir: temas essencialmente pop transformados em metal sinfónico, com arranjos épicos e camadas múltiplas que as nossas vozes proporcionam. É um projecto sério, desafiante e divertido. Gosto que seja este o nosso papel na cena metal.
Amanda: Penso que, em geral, a cena rock e metal está com falta de bandas e projectos femininos. Definitivamente, ninguém está a fazer o que nós fazemos.
Clémentine: Penso que não devemos pensar assim. A música é uma arte que não deve ser considerada um mercado. Há espaço para tudo e para todas as bandas, porque não há limite para a quantidade de música de que podemos gostar. As Exit Eden não estavam a fazer falta, nós simplesmente as quisemos criar!
Anna: Bem, há muitas bandas de metal sinfónico, mas não conheço mais nenhuma com 4 poderosas vocalistas. Para além disso, fazemos covers e arranjamos os temas de acordo com o nosso estilo. Penso que isto é especial e nós investimos muita energia, por isso é óptimo ver o projecto lançado. Pensamos estar a fazer algo novo e adoramo-lo, e isso é o que importa. Também esperamos que a cena o aprecie.
M.I. – Como surgiu a ideia de se juntarem? Foi por convite?
Amanda: Eu já estou na cena underground há muito tempo e as pessoas já me reconhecem como artista, por causa da minha carreira como músico profissional. O meu amigo de longa data, Sascha Paeth, contactou-me há algum tempo, informou-me que estava a trabalhar num projecto com um produtor no norte da Alemanha, precisavam de uma vocalista e lembraram-se de mim. Depois o produtor contactou-me e começámos a trabalhar juntos. Nessa altura, não tinha muita noção do que seria, pensei que seria um trabalho de estúdio, que teria de cantar algo como eles pretendiam e já estava. Mas, quando estava a fazer as eliminatórias da Eurovisão com os Avantasia, conheci uns tipos responsáveis pelo projecto e eles disseram que tinham gostado muito do modo como cantei nas demos e que tinham umas ideias para o futuro. Alguns meses mais tarde, contactaram-me novamente, disseram que acreditavam no projecto e que deveríamos formar uma banda a sério e lançar o material. E assim a bola começou a rolar!
Clémentine: A Amanda e a Anna costumavam trabalhar em estúdio com o pessoal que deu vida aos temas. Eles estavam a imaginar como poderiam combinar o pop com o metal de uma forma moderna e poderosa. Quando eles tinham uns temas prontos, propuseram às vocalistas que fizessem as vozes. Quando ouviram como ficou, todos ficaram maravilhados e concordaram que isto não deveria ficar numa gaveta. Imaginaram um projecto maior, envolvendo mais vozes para ficar mais rico e pensaram em adicionar 2 vozes. A Amanda conhecia-me a mim e à Marina, por isso sugeriu que fôssemos nós e estou muito contente por as nossas vozes funcionarem muito bem juntas.
Anna: Sinceramente, tudo começou com uma ideia que uns amigos de uma empresa de produção tiveram. Eu e a Amanda cantámos nas primeiras demos e curtimos muito o modo como os temas estavam alterados e produzidos. Depois de ouvirem a gravação, os produtores perguntaram-nos se gostaríamos de ter um projecto nosso e nós concordamos. A Amanda tem uma voz extraordinariamente bela e já alcançou tanto, eu fiquei entusiasmada por estar numa banda com ela. Ela é amiga da Marina e convidou-a a juntar-se à banda e já tinha ouvido a Clémentine e ela também aceitou o desafio.
M.I. - Porquê Exit Eden?
Amanda: Eu tive a ideia do nome, porque queríamos algo histórico mas moderno, algo que tivesse um toque do poder feminino, já que Eva foi expulsa do Eden por ter comido da Árvore do Conhecimento. Nós estamos a mostrar um paraíso em que é suposto sermos bonitas mas mantendo as nossas mentes e bocas fechadas. Não tememos o que o mundo nos possa atirar.
Clémentine: A Amanda deu esta sugestão e todas votámos. Este nome tem muito significado e diferentes interpretações. “Eden” para mim representa o cliché que as mulheres não podem actuar de determinada maneira, pensar por elas próprias, abraçar a sua liberdade, ser independente e que sempre necessitamos do Adão. Não, não precisamos! As mulheres são poderosas, inteligentes e devem ser tratadas como tal. Portanto, vamo-nos libertar desta definição que nos rebaixa a uma visão sexista na qual temos um leque limitado de acções e em que os homens não nos respeitam.
Anna: Foi ideia da Amanda. É um nome que encaixa no projecto como um todo, no aspecto, no som porque transformamos temas pop comerciais em algo mais obscuro.
M.I. – A banda é descrita como “cosmopolita, confiante, independente e pronta para fazer algo diferente”… o que é que os fãs podem esperar?
Marina: Podem, com certeza, esperar ouvir 4 senhoras profissionais prontas para abalar os palcos, com maquilhagem e cabelo à anos 80.
Amanda: Haha! Isso mesmo exactamente ;-) Estamos a fazer o que adoramos, estamos a divertirmo-nos à grande e não pediremos desculpa a ninguém.
Clémentine: Ser surpreendido pelas nossas covers, as nossas personalidades, os nossos “looks” e atitudes! E pelo que virá a seguir, já que o lançcamento deste álbum “Rhapsodies In Black” é apenas o primeiro passo. ;)
Anna: Todas temos um passado e experiência e é muito divertido juntar isso em Exit Eden. Somos todas muito diferentes (e não me refiro só ao facto de sermos todas de países diferentes), mas é porreiro porque temos muitas ideias e vozes distintas. Tal torna a banda mais versátil e especial. Os fãs podem esperar temas poderosamente arranjados no estilo metal sinfónico com vozes diferentes e interpretação maravilhosa.
M.I. – Sendo todas de países diferentes, como ensaiam? A internet é a vossa maior aliada?
Amanda: Sim, é mesmo! Falámos diariamente através do Skype. É muito fácil, graças às conveniências modernas e à internet!
Clémentine: Ensaiar como banda? Não podemos fazer isso online… Praticámos sozinhas em casa, depois em estúdio e praticaremos em conjunto antes do primeiro concerto no Metal Dayz em Hamburgo!
Anna: Sim!!! É espantoso como é possível coordenar as coisas hoje em dia. Mantemo-nos em contacto e próximas. O que dificulta a situação é mesmo estarmos em fusos horários diferentes. No Natal, estávamos todas em fusos diferentes e combinar uma chamada de skype com a presença de todas foi complicado! :D
M.I. – Nesta banda há um elemento surpresa, já que a Amanda Somerville, a Clémentine Delauney, a Marina La Torraca e a Anna Brunner são todas vocalistas. Como é ter 4 vozes a cantar? Foi estranho?
Marina: De maneira alguma! Aí é que está a diversão. Lembras-te das Spice Girls? Não teria sido uma seca se só tivessem a Baby Spice?!
Amanda: Quantas mais, melhor! :-)
Clémentine: Eu estou habituada a partilhar as vozes nas minhas bandas, por isso não achei estranho, mesmo sendo mais de 2. É outra abordagem aos temas e ao desempenho. Parece mais um musical!
Anna: Sinceramente, acho estupendo! Sempre estive em bandas com homens, estou habituada a ser a única mulher e estar numa banda com mulheres é especial para mim. ;) Para além do mais, estas mulheres são fabulosas! Encaixamos na perfeição e é muito divertido. Todas temos vozes diferentes e é muito bom ouvi-las cantar.
M.I. – Como é a química entre vocês?
Marina: Divertimo-nos muito. É muito bom termos mentalidades que se complementam, em vez de termos mentalidades competitivas.
Amanda: Passamos bons momentos juntas!
Clémentine: Muito boa! Somos todas profissionais e queremos o melhor para o projecto, e tal facilita o trabalho em conjunto. Para além disso, somos muito diferentes em vários níveis, o que nos permite completarmo-nos em vez de competirmos e essa é a melhor parte. Divertimo-nos muito a trabalhar juntas!
Anna: É óptimo. Somos muito diferentes mas é isso que torna tudo mais entusiasmante. Não há inveja, admiramo-nos mutuamente pelo trabalho que fazemos e isso é muito bom. Passamos bons momentos juntas e rimo-nos das coisas mais parvas. :D
M.I. – Quem são os músicos que vos acompanham?
Clementine: São amigos da Anna, já tocaram juntos!
Anna: São amigos meus. Já toquei com alguns deles. Sabia que eles apreciariam esta banda já que são todos fãs de rock e metal. Quando lhes mostrei os temas e perguntei se gostariam de participar, todos aceitaram. Aliás, já tinha pedido ao Evan K, um dos guitarristas, para tocar em alguns temas de Rhapsodies in Black. Ele é um excelente guitarrista e trabalhar com ele é excelente, por isso ele foi o primeiro a ser convidado para a banda.
M.I. – O álbum de estreia de EXIT EDEN, "Rhapsodies in Black”, a ser lançado no início de Agosto pela Napalm Records, é uma mistura de super hits internacionais, desde a Rihanna à Madonna, dos Depeche Mode à Adele. Porque optaram por um álbum de covers?
Marina: Foi essa a intenção do projecto desde o início: transformar temas pop em metal.
Amanda: Foi assim que tudo começou. O trabalho já estava decidido. Somos sortudas por as peças do puzzle terem encaixado e termos conseguido transformar isto em algo nosso.
Clémentine: O projecto nasceu da ideia de transformar temas pop em metal. Tentar ver como é possível tornar o pop em metal com os arranjos certos. Foi algo natural seguir este conceito.
Anna: Porque isto é que faz com que seja diferente e excitante. Há quem diga “Este tema não presta” mas queremos mostrar que todos os temas pop podem ser transformados em grandes temas metal.
M.I. – Porquê o título “Rhapsodies in Black”? Está relacionado com o facto de terem transformado “baladas” em algo mais pesado?
Marina: Exactamente. Tornámo-las negras, tal como um headbanger. Haha.
Amanda: Sim, sem dúvida.
Clémentine: É exactamente esse o significado!
Anna: Absolutamente! Pegámos em temas (um tanto melados) pop muito conhecidos e fizemos uma versão “negra” deles, principalmente em termos de arranjos e instrumentação. Todas curtimos heavy rock, portanto este é totalmente o nosso estilo. Gosto ouvir pessoal a dizer que gosta mais da nossa versão do que da versão original, porque eu penso o mesmo!
M.I. – Os temas são completamente viciantes e tenho-os ouvido repetidamente. Qual é o teu tema preferido?
Marina: É bom saber isso! Obrigada. Os meus preferidos são os “maiores” e mais épicos, como “Impossible” e “Paparazzi”.
Amanda: Obrigada! :-) Tenho muita dificuldade em escolher favoritos e nunca consigo escolher só um, porque adoro todos os temas. Para além disso, todos os dias mudo de ideias e adoro um tema diferente. De momentos, os favoritos são “Paparazzi,” “Impossible,” & “Incomplete,” mas amanhã poderão ser outros!
Clémentine: Oh, é tão difícil dizer… adoro todo o álbum. Tenho um top 5 com “Frozen”, “Unfaithful”, “Incomplete”, “Question Of Time”, “Fade To Grey”!
Anna: Para ser sincera, esta pergunta é muito difícil… todos são diferentes e, apesar de serem todos pesados e ao nosso estilo, são muito diversos. Gosto muito de “Unfaithful” e estou feliz que o tenhamos escolhido para 1.º single. Gosto muito dos temas mais pesados como “Impossible”, “Question of time” ou “Fade to grey”. Mas também aprecio os mais suaves. Estou ansiosa pelos concertos, pois tocar estes temas vai ser muito divertido e será complicado escolher entre dois temas, caso seja necessário.
M.I. – Quão complicado foi fazer a selecção de temas para o álbum?
Amanda: Quando eu entrei, já todos os temas estavam decididos. A Anna entrou mais cedo e já tinha cantado algumas das demos antes de mim. A partir daí, tivemos muitas ideias para temas que gostaríamos de fazer no próximo álbum!
Clémentine: Fizemos uma longa lista de temas: temas que adoramos, temas que achávamos que seria bons temas de metal… depois tivemos de começar a seleccionar os que soariam bem com os arranjos e queríamos que o álbum fosse variado em termos de artistas originais e períodos de tempo. Estivemos todas envolvidas no processo e tal originou discussões interessantes!
Anna: Foi muito difícil, porque quando pensas em temas que poderias tocar no teu estilo, tens cada vez mais ideias… Há tantos bons temas mas alguns têm os arranjos ou instrumentos errados ou até o cantor errado. Escolhemos bons temas (com boas letras) e temas que eram muito diferentes do estilo em que os queríamos tocar para o contraste e o efeito serem maiores. É chocante até ouvi-los num registo mais pesado e isso é que faz um novo tema, mudá-lo completamente. Penso que os temas funcionam muito bem com uma produção mais pesada!
M.I. – Deve haver muitos temas que gostariam de ter feito uma cover para o álbum mas, infelizmente, não fizeram. Há algum em especial?
Marina: Qualquer um dos Abba!
Amanda: Ver resposta anterior!
Clémentine: Não tenho qualquer arrependimento quanto a este álbum. Se algum tema não foi escolhido, foi porque não funcionou bem na versão mais pesada e não havia necessidade de estar a insistir. Estou muito feliz com o “Frozen”.
Anna: Há tantos que nem vale a pena dizer. :)
M.I. – Vocês fizeram covers de ícones musicais como Bonnie Tyler, Depeche Mode, Madonna e Bryan Adams e cantores mais recentes como Rihanna, Lady Gaga e Adele. Porquê esta mistura de “velho” com “novo”?
Marina: A ideia era escolher grandes hits pop. Alguns são mesmo cantados no chuveiro por várias gerações.
Amanda: Somos muito diferentes – mesmo em idade! – por isso é natural esta mistura.
Clémentine: Queríamos um álbum rico e diverso. As melodias dos anos 80 não são as mesmas de hoje e tal ajudou-nos a lidar com muitas influências. Também é uma forma de fazer um tributo à música pop em geral, não dando crédito somente aos sucessos mais recentes.
Anna: Queríamos mostrar que não é uma questão de género, estilo ou até de tempo em que os temas foram lançados, mas queríamos que soassem bem como bons temas de metal sinfónico.
M.I. – Escolher a voz principal para cada um foi uma tarefa simples ou nem por isso?
Amanda: Basicamente todas cantamos tudo e deixamos que a equipa de produção fizesse a sua magia.
Clémentine: Às vezes era óbvio qual a voz a usar dependendo do tema e, às vezes, tínhamos de tentar com várias vocalistas. Tivemos a oportunidade de trabalhar com uma equipa fantástica em estúdio, que nos ajudou a decidir qual a melhor voz para cada parte. Deste modo não houve problemas entre as vocalistas e conseguimos obter o melhor resultado possível.
Anna: Por vezes era bastante claro qual a voz adequada para determinada parte porque havia uma voz que encaixava lá melhor. Com os outros temas, foi uma coincidência quem cantou o quê.
M.I. – De quem é a voz masculina audível em alguns temas mas mais perceptível em “Total eclipse of the heart”?
Anna: É de Rick Altzi, o vocalista de Masterplan. A voz dele encaixa perfeitamente!
M.I. – O vídeo de “Unfaithful” (Rihanna cover) foi lançado no dia 7 de Julho. Porque o escolheram para fazerem a vossa apresentação ao mundo?
Marina: Penso que é um tema potente e ouvem-se bem todas as vozes.
Amanda: Já que adoramos todos os temas, deixamos essa escolha ao cuidado da editora. Nós sabíamos que a escolha seria boa, pois estamos orgulhosas de todos os temas.
Clémentine: Queríamos deixar claro que este é um projecto de metal, por isso decidimos escolher uma das versões mais metal para ser lançada primeiro. Depois queríamos criar paixão e que as pessoas falassem sobre isso, portanto provocámos os primeiros ouvintes, que foram os metaleiros, ao fazer uma cover de uma artista que, raramente, é apreciada por eles: Rihanna! E não ficamos desiludidas com as reacções!
Anna: Penso que é um tema fabuloso. Ficou muito poderoso e duro do modo como o fizemos e é mesmo muito diferente do original. Assim as coisas ficaram claras desde o início.
M.I. – As reacções ao vídeo foram muito boas e muitos fãs pedem-vos para tocar em inúmeros países… esperavam uma resposta tão massiva?
Marina: Muitos deles dizem “Venham ao Brazil”, certo? Hahaha. Tenho mesmo de adorar o entusiasmo dos meus compatriotas! Estava à espera de de uma resposta positiva mas não trabalhei com expectativas. Contudo, tenho de dizer que estou muito feliz por tantas pessoas apreciarem o que fizemos… é espectacular.
Amanda: Não acredito em expectativas. Já estou neste negócio há demasiado tempo para saber como as coisas funcionam! Quando faço algo, faço-o por gosto, por poder aprender com isso, dou tudo o que tenho e fico orgulhosa disso. Porque, antes de mais, este sempre foi o meu sonho e não podes forçar os outros a sonhar como tu! Se as pessoas gostam, então é um bónus!
Clémentine: Não contávamos chegar a tantas pessoas, tão depressa. O pessoal partilhou muito o primeiro vídeo, o que nos trouxe muita atenção e estamos gratas por isso.
Anna: Não, não estava. Para dizer a verdade, nem tinha ideia do que poderia esperar, nem imaginava que o primeiro tema fosse tão apreciado e que as pessoas nos quisessem a tocar nos seus países… é fantástico. Espero que a tournée mundial comece em breve. ;)
M.I. – Estais entusiasmadas com o primeiro concerto? Como será este comparado com outros que fizeram com outras bandas?
Marina: Eu estou habituada a cantar com outros vocalistas (nos Avantasia ou em produções de teatro musical), portanto não imagino que seja muito diferente. Espero que seja um bom espectáculo!
Amanda: Certamente! Cada concerto é uma nova aventura e isto é completamente novo. Venham os concertos!
Clémentine: Estou mesmo muito entusiasmada! Bem, com a minha banda, Visions of Atlantis, estou habituada a partilhar o palco com a voz do outro vocalista, Siegfried Samer, por isso não será muito diferente, excepto na parte em que teremos de ensaiar o nosso desempenho no palco já que somos 4!
Anna: Hell Yeah! Estou muito contente e ansiosa. A produção e arranjo dos temas são fabulosos. Mesmo estar em estúdio ou a filmar o vídeo foi divertido. Será espectacular tocar ao vivo e queremos que seja algo poderoso e excelente. Esperem para ver! :-)
M.I. – Todas as vocalistas usam belos vestidos nas fotos e nos vídeos… quem os criou?
Amanda: Bibian Blue de Barcelona. Um super talento com ideias incríveis e criações fabulosas.
Anna: Quando pensamos no que poderíamos usar nesta banda, queríamos algo especial, extraordinário e diferente e descobrimos esta designer espanhola chamada Bibian Blue. O estilo dela é tão espectacular que pensamos imediatamente “Algo como isto seria fabuloso!” Ainda nem acredito que resultou bem!
M.I. – Todas as vocalistas deste projecto têm estado envolvidas com grandes bandas… para além das Exit Eden, o que têm feito a Amanda, a Anna, a Clémentine e a Marina hoje em dia?
Marina: Haha, eu estou em muitas coisas! Tenho de gerir (muito mesmo) o tempo para ter disponibilidade para tudo, mas tudo se faz. Estou a fazer uma tournée com uma produção alemã de Musical Highlights; de Outubro a Dezembro estarei em tournée com (outra) produção do Hit da Broadway “Rent”; e em simultâneo, a minha banda Phantom Elite está aí cheia de energia com o álbum de estreia e uma tournée planeada para o final do ano.
Amanda: Estou a terminar o novo álbum de Trillium e continuo a actuar com Avantasia. Sempre foi um desafio gerir e equilibrar tudo, porque faço tanto, mas tudo tem corrido bem. :-)
Clémentine: Nestes dias, tenho actuado em festivais de verão com os Visions of Atlantis e estamos a trabalhar no novo álbum! Isto exige boa comunicação entre todas para não prejudicarmos nenhum projecto mas temos as pessoas certas a gerirem estas situações!
Anna: Penso que sou a única que não está em mais nenhuma banda, neste momento. Já estive em várias bandas com as quais gravei demos, CDs, tocámos ao vivo mas nunca conseguimos nenhum contrato. Este projecto é o maior no qual estive envolvida!
M.I. – Considerando o interesse na banda, estão a pensar lançar um álbum de originais?
Amanda: Precisamos de ver como corre. Já temos ideias para um 2.º álbum com temas dos quais gostaríamos de fazer covers. Mas vamos ver…
Clémentine: Ainda é muito cedo para falar disso! Claro que temos pensado no assunto e, quando falarmos de um 2.º álbum, a porta deve estar aberta à inclusão de temas originais!
Anna: É algo em que temos de pensar seriamente da próxima vez mas não quero fazer promessas. Vamos ver o que acontece.
M.I. – Espero que as Exit Eden façam uma tournée e que venham a Portugal promover o vosso álbum. Tudo de bom para vocês! Deixem uma mensagem aos vossos fãs e leitores da Metal Imperium.
Marina: Em Português, obviamente! ;) Portugal do meu coração, muito obrigada! Espero que gostem do nosso primeiro álbum, e quero MUITO vê-los ao vivo em breve!!! Beijinhos a todos!
Amanda: OBRIGADA!! Esperamos ir a Portugal muito em breve! Até lá, continuem a ouvir metal em alto som!
Clémentine: Muito obrigada! Espero que tenhamos a possibilidade de planear uma tournée em breve e que Portugal esteja na lista. No ano passado toquei aí com os Symphony X, como membro dos Melted Space, e adorei a energia e simpatia da audiência.
Anna: Um grande viva para todos os metaleiros portugueses! Esperamos que gostem da nossa banda e queremos conhecer-vos em breve! Horns up!
M.I. – Consideras que a cena underground estava a necessitar de uma banda como Exit Eden?
Marina: ExE é uma banda que eu gostaria de ouvir: temas essencialmente pop transformados em metal sinfónico, com arranjos épicos e camadas múltiplas que as nossas vozes proporcionam. É um projecto sério, desafiante e divertido. Gosto que seja este o nosso papel na cena metal.
Amanda: Penso que, em geral, a cena rock e metal está com falta de bandas e projectos femininos. Definitivamente, ninguém está a fazer o que nós fazemos.
Clémentine: Penso que não devemos pensar assim. A música é uma arte que não deve ser considerada um mercado. Há espaço para tudo e para todas as bandas, porque não há limite para a quantidade de música de que podemos gostar. As Exit Eden não estavam a fazer falta, nós simplesmente as quisemos criar!
Anna: Bem, há muitas bandas de metal sinfónico, mas não conheço mais nenhuma com 4 poderosas vocalistas. Para além disso, fazemos covers e arranjamos os temas de acordo com o nosso estilo. Penso que isto é especial e nós investimos muita energia, por isso é óptimo ver o projecto lançado. Pensamos estar a fazer algo novo e adoramo-lo, e isso é o que importa. Também esperamos que a cena o aprecie.
M.I. – Como surgiu a ideia de se juntarem? Foi por convite?
Amanda: Eu já estou na cena underground há muito tempo e as pessoas já me reconhecem como artista, por causa da minha carreira como músico profissional. O meu amigo de longa data, Sascha Paeth, contactou-me há algum tempo, informou-me que estava a trabalhar num projecto com um produtor no norte da Alemanha, precisavam de uma vocalista e lembraram-se de mim. Depois o produtor contactou-me e começámos a trabalhar juntos. Nessa altura, não tinha muita noção do que seria, pensei que seria um trabalho de estúdio, que teria de cantar algo como eles pretendiam e já estava. Mas, quando estava a fazer as eliminatórias da Eurovisão com os Avantasia, conheci uns tipos responsáveis pelo projecto e eles disseram que tinham gostado muito do modo como cantei nas demos e que tinham umas ideias para o futuro. Alguns meses mais tarde, contactaram-me novamente, disseram que acreditavam no projecto e que deveríamos formar uma banda a sério e lançar o material. E assim a bola começou a rolar!
Clémentine: A Amanda e a Anna costumavam trabalhar em estúdio com o pessoal que deu vida aos temas. Eles estavam a imaginar como poderiam combinar o pop com o metal de uma forma moderna e poderosa. Quando eles tinham uns temas prontos, propuseram às vocalistas que fizessem as vozes. Quando ouviram como ficou, todos ficaram maravilhados e concordaram que isto não deveria ficar numa gaveta. Imaginaram um projecto maior, envolvendo mais vozes para ficar mais rico e pensaram em adicionar 2 vozes. A Amanda conhecia-me a mim e à Marina, por isso sugeriu que fôssemos nós e estou muito contente por as nossas vozes funcionarem muito bem juntas.
Anna: Sinceramente, tudo começou com uma ideia que uns amigos de uma empresa de produção tiveram. Eu e a Amanda cantámos nas primeiras demos e curtimos muito o modo como os temas estavam alterados e produzidos. Depois de ouvirem a gravação, os produtores perguntaram-nos se gostaríamos de ter um projecto nosso e nós concordamos. A Amanda tem uma voz extraordinariamente bela e já alcançou tanto, eu fiquei entusiasmada por estar numa banda com ela. Ela é amiga da Marina e convidou-a a juntar-se à banda e já tinha ouvido a Clémentine e ela também aceitou o desafio.
M.I. - Porquê Exit Eden?
Amanda: Eu tive a ideia do nome, porque queríamos algo histórico mas moderno, algo que tivesse um toque do poder feminino, já que Eva foi expulsa do Eden por ter comido da Árvore do Conhecimento. Nós estamos a mostrar um paraíso em que é suposto sermos bonitas mas mantendo as nossas mentes e bocas fechadas. Não tememos o que o mundo nos possa atirar.
Clémentine: A Amanda deu esta sugestão e todas votámos. Este nome tem muito significado e diferentes interpretações. “Eden” para mim representa o cliché que as mulheres não podem actuar de determinada maneira, pensar por elas próprias, abraçar a sua liberdade, ser independente e que sempre necessitamos do Adão. Não, não precisamos! As mulheres são poderosas, inteligentes e devem ser tratadas como tal. Portanto, vamo-nos libertar desta definição que nos rebaixa a uma visão sexista na qual temos um leque limitado de acções e em que os homens não nos respeitam.
Anna: Foi ideia da Amanda. É um nome que encaixa no projecto como um todo, no aspecto, no som porque transformamos temas pop comerciais em algo mais obscuro.
M.I. – A banda é descrita como “cosmopolita, confiante, independente e pronta para fazer algo diferente”… o que é que os fãs podem esperar?
Marina: Podem, com certeza, esperar ouvir 4 senhoras profissionais prontas para abalar os palcos, com maquilhagem e cabelo à anos 80.
Amanda: Haha! Isso mesmo exactamente ;-) Estamos a fazer o que adoramos, estamos a divertirmo-nos à grande e não pediremos desculpa a ninguém.
Clémentine: Ser surpreendido pelas nossas covers, as nossas personalidades, os nossos “looks” e atitudes! E pelo que virá a seguir, já que o lançcamento deste álbum “Rhapsodies In Black” é apenas o primeiro passo. ;)
Anna: Todas temos um passado e experiência e é muito divertido juntar isso em Exit Eden. Somos todas muito diferentes (e não me refiro só ao facto de sermos todas de países diferentes), mas é porreiro porque temos muitas ideias e vozes distintas. Tal torna a banda mais versátil e especial. Os fãs podem esperar temas poderosamente arranjados no estilo metal sinfónico com vozes diferentes e interpretação maravilhosa.
M.I. – Sendo todas de países diferentes, como ensaiam? A internet é a vossa maior aliada?
Amanda: Sim, é mesmo! Falámos diariamente através do Skype. É muito fácil, graças às conveniências modernas e à internet!
Clémentine: Ensaiar como banda? Não podemos fazer isso online… Praticámos sozinhas em casa, depois em estúdio e praticaremos em conjunto antes do primeiro concerto no Metal Dayz em Hamburgo!
Anna: Sim!!! É espantoso como é possível coordenar as coisas hoje em dia. Mantemo-nos em contacto e próximas. O que dificulta a situação é mesmo estarmos em fusos horários diferentes. No Natal, estávamos todas em fusos diferentes e combinar uma chamada de skype com a presença de todas foi complicado! :D
M.I. – Nesta banda há um elemento surpresa, já que a Amanda Somerville, a Clémentine Delauney, a Marina La Torraca e a Anna Brunner são todas vocalistas. Como é ter 4 vozes a cantar? Foi estranho?
Marina: De maneira alguma! Aí é que está a diversão. Lembras-te das Spice Girls? Não teria sido uma seca se só tivessem a Baby Spice?!
Amanda: Quantas mais, melhor! :-)
Clémentine: Eu estou habituada a partilhar as vozes nas minhas bandas, por isso não achei estranho, mesmo sendo mais de 2. É outra abordagem aos temas e ao desempenho. Parece mais um musical!
Anna: Sinceramente, acho estupendo! Sempre estive em bandas com homens, estou habituada a ser a única mulher e estar numa banda com mulheres é especial para mim. ;) Para além do mais, estas mulheres são fabulosas! Encaixamos na perfeição e é muito divertido. Todas temos vozes diferentes e é muito bom ouvi-las cantar.
M.I. – Como é a química entre vocês?
Marina: Divertimo-nos muito. É muito bom termos mentalidades que se complementam, em vez de termos mentalidades competitivas.
Amanda: Passamos bons momentos juntas!
Clémentine: Muito boa! Somos todas profissionais e queremos o melhor para o projecto, e tal facilita o trabalho em conjunto. Para além disso, somos muito diferentes em vários níveis, o que nos permite completarmo-nos em vez de competirmos e essa é a melhor parte. Divertimo-nos muito a trabalhar juntas!
Anna: É óptimo. Somos muito diferentes mas é isso que torna tudo mais entusiasmante. Não há inveja, admiramo-nos mutuamente pelo trabalho que fazemos e isso é muito bom. Passamos bons momentos juntas e rimo-nos das coisas mais parvas. :D
M.I. – Quem são os músicos que vos acompanham?
Clementine: São amigos da Anna, já tocaram juntos!
Anna: São amigos meus. Já toquei com alguns deles. Sabia que eles apreciariam esta banda já que são todos fãs de rock e metal. Quando lhes mostrei os temas e perguntei se gostariam de participar, todos aceitaram. Aliás, já tinha pedido ao Evan K, um dos guitarristas, para tocar em alguns temas de Rhapsodies in Black. Ele é um excelente guitarrista e trabalhar com ele é excelente, por isso ele foi o primeiro a ser convidado para a banda.
M.I. – O álbum de estreia de EXIT EDEN, "Rhapsodies in Black”, a ser lançado no início de Agosto pela Napalm Records, é uma mistura de super hits internacionais, desde a Rihanna à Madonna, dos Depeche Mode à Adele. Porque optaram por um álbum de covers?
Marina: Foi essa a intenção do projecto desde o início: transformar temas pop em metal.
Amanda: Foi assim que tudo começou. O trabalho já estava decidido. Somos sortudas por as peças do puzzle terem encaixado e termos conseguido transformar isto em algo nosso.
Clémentine: O projecto nasceu da ideia de transformar temas pop em metal. Tentar ver como é possível tornar o pop em metal com os arranjos certos. Foi algo natural seguir este conceito.
Anna: Porque isto é que faz com que seja diferente e excitante. Há quem diga “Este tema não presta” mas queremos mostrar que todos os temas pop podem ser transformados em grandes temas metal.
M.I. – Porquê o título “Rhapsodies in Black”? Está relacionado com o facto de terem transformado “baladas” em algo mais pesado?
Marina: Exactamente. Tornámo-las negras, tal como um headbanger. Haha.
Amanda: Sim, sem dúvida.
Clémentine: É exactamente esse o significado!
Anna: Absolutamente! Pegámos em temas (um tanto melados) pop muito conhecidos e fizemos uma versão “negra” deles, principalmente em termos de arranjos e instrumentação. Todas curtimos heavy rock, portanto este é totalmente o nosso estilo. Gosto ouvir pessoal a dizer que gosta mais da nossa versão do que da versão original, porque eu penso o mesmo!
M.I. – Os temas são completamente viciantes e tenho-os ouvido repetidamente. Qual é o teu tema preferido?
Marina: É bom saber isso! Obrigada. Os meus preferidos são os “maiores” e mais épicos, como “Impossible” e “Paparazzi”.
Amanda: Obrigada! :-) Tenho muita dificuldade em escolher favoritos e nunca consigo escolher só um, porque adoro todos os temas. Para além disso, todos os dias mudo de ideias e adoro um tema diferente. De momentos, os favoritos são “Paparazzi,” “Impossible,” & “Incomplete,” mas amanhã poderão ser outros!
Clémentine: Oh, é tão difícil dizer… adoro todo o álbum. Tenho um top 5 com “Frozen”, “Unfaithful”, “Incomplete”, “Question Of Time”, “Fade To Grey”!
Anna: Para ser sincera, esta pergunta é muito difícil… todos são diferentes e, apesar de serem todos pesados e ao nosso estilo, são muito diversos. Gosto muito de “Unfaithful” e estou feliz que o tenhamos escolhido para 1.º single. Gosto muito dos temas mais pesados como “Impossible”, “Question of time” ou “Fade to grey”. Mas também aprecio os mais suaves. Estou ansiosa pelos concertos, pois tocar estes temas vai ser muito divertido e será complicado escolher entre dois temas, caso seja necessário.
M.I. – Quão complicado foi fazer a selecção de temas para o álbum?
Amanda: Quando eu entrei, já todos os temas estavam decididos. A Anna entrou mais cedo e já tinha cantado algumas das demos antes de mim. A partir daí, tivemos muitas ideias para temas que gostaríamos de fazer no próximo álbum!
Clémentine: Fizemos uma longa lista de temas: temas que adoramos, temas que achávamos que seria bons temas de metal… depois tivemos de começar a seleccionar os que soariam bem com os arranjos e queríamos que o álbum fosse variado em termos de artistas originais e períodos de tempo. Estivemos todas envolvidas no processo e tal originou discussões interessantes!
Anna: Foi muito difícil, porque quando pensas em temas que poderias tocar no teu estilo, tens cada vez mais ideias… Há tantos bons temas mas alguns têm os arranjos ou instrumentos errados ou até o cantor errado. Escolhemos bons temas (com boas letras) e temas que eram muito diferentes do estilo em que os queríamos tocar para o contraste e o efeito serem maiores. É chocante até ouvi-los num registo mais pesado e isso é que faz um novo tema, mudá-lo completamente. Penso que os temas funcionam muito bem com uma produção mais pesada!
M.I. – Deve haver muitos temas que gostariam de ter feito uma cover para o álbum mas, infelizmente, não fizeram. Há algum em especial?
Marina: Qualquer um dos Abba!
Amanda: Ver resposta anterior!
Clémentine: Não tenho qualquer arrependimento quanto a este álbum. Se algum tema não foi escolhido, foi porque não funcionou bem na versão mais pesada e não havia necessidade de estar a insistir. Estou muito feliz com o “Frozen”.
Anna: Há tantos que nem vale a pena dizer. :)
M.I. – Vocês fizeram covers de ícones musicais como Bonnie Tyler, Depeche Mode, Madonna e Bryan Adams e cantores mais recentes como Rihanna, Lady Gaga e Adele. Porquê esta mistura de “velho” com “novo”?
Marina: A ideia era escolher grandes hits pop. Alguns são mesmo cantados no chuveiro por várias gerações.
Amanda: Somos muito diferentes – mesmo em idade! – por isso é natural esta mistura.
Clémentine: Queríamos um álbum rico e diverso. As melodias dos anos 80 não são as mesmas de hoje e tal ajudou-nos a lidar com muitas influências. Também é uma forma de fazer um tributo à música pop em geral, não dando crédito somente aos sucessos mais recentes.
Anna: Queríamos mostrar que não é uma questão de género, estilo ou até de tempo em que os temas foram lançados, mas queríamos que soassem bem como bons temas de metal sinfónico.
M.I. – Escolher a voz principal para cada um foi uma tarefa simples ou nem por isso?
Amanda: Basicamente todas cantamos tudo e deixamos que a equipa de produção fizesse a sua magia.
Clémentine: Às vezes era óbvio qual a voz a usar dependendo do tema e, às vezes, tínhamos de tentar com várias vocalistas. Tivemos a oportunidade de trabalhar com uma equipa fantástica em estúdio, que nos ajudou a decidir qual a melhor voz para cada parte. Deste modo não houve problemas entre as vocalistas e conseguimos obter o melhor resultado possível.
Anna: Por vezes era bastante claro qual a voz adequada para determinada parte porque havia uma voz que encaixava lá melhor. Com os outros temas, foi uma coincidência quem cantou o quê.
M.I. – De quem é a voz masculina audível em alguns temas mas mais perceptível em “Total eclipse of the heart”?
Anna: É de Rick Altzi, o vocalista de Masterplan. A voz dele encaixa perfeitamente!
M.I. – O vídeo de “Unfaithful” (Rihanna cover) foi lançado no dia 7 de Julho. Porque o escolheram para fazerem a vossa apresentação ao mundo?
Marina: Penso que é um tema potente e ouvem-se bem todas as vozes.
Amanda: Já que adoramos todos os temas, deixamos essa escolha ao cuidado da editora. Nós sabíamos que a escolha seria boa, pois estamos orgulhosas de todos os temas.
Clémentine: Queríamos deixar claro que este é um projecto de metal, por isso decidimos escolher uma das versões mais metal para ser lançada primeiro. Depois queríamos criar paixão e que as pessoas falassem sobre isso, portanto provocámos os primeiros ouvintes, que foram os metaleiros, ao fazer uma cover de uma artista que, raramente, é apreciada por eles: Rihanna! E não ficamos desiludidas com as reacções!
Anna: Penso que é um tema fabuloso. Ficou muito poderoso e duro do modo como o fizemos e é mesmo muito diferente do original. Assim as coisas ficaram claras desde o início.
M.I. – As reacções ao vídeo foram muito boas e muitos fãs pedem-vos para tocar em inúmeros países… esperavam uma resposta tão massiva?
Marina: Muitos deles dizem “Venham ao Brazil”, certo? Hahaha. Tenho mesmo de adorar o entusiasmo dos meus compatriotas! Estava à espera de de uma resposta positiva mas não trabalhei com expectativas. Contudo, tenho de dizer que estou muito feliz por tantas pessoas apreciarem o que fizemos… é espectacular.
Amanda: Não acredito em expectativas. Já estou neste negócio há demasiado tempo para saber como as coisas funcionam! Quando faço algo, faço-o por gosto, por poder aprender com isso, dou tudo o que tenho e fico orgulhosa disso. Porque, antes de mais, este sempre foi o meu sonho e não podes forçar os outros a sonhar como tu! Se as pessoas gostam, então é um bónus!
Clémentine: Não contávamos chegar a tantas pessoas, tão depressa. O pessoal partilhou muito o primeiro vídeo, o que nos trouxe muita atenção e estamos gratas por isso.
Anna: Não, não estava. Para dizer a verdade, nem tinha ideia do que poderia esperar, nem imaginava que o primeiro tema fosse tão apreciado e que as pessoas nos quisessem a tocar nos seus países… é fantástico. Espero que a tournée mundial comece em breve. ;)
M.I. – Estais entusiasmadas com o primeiro concerto? Como será este comparado com outros que fizeram com outras bandas?
Marina: Eu estou habituada a cantar com outros vocalistas (nos Avantasia ou em produções de teatro musical), portanto não imagino que seja muito diferente. Espero que seja um bom espectáculo!
Amanda: Certamente! Cada concerto é uma nova aventura e isto é completamente novo. Venham os concertos!
Clémentine: Estou mesmo muito entusiasmada! Bem, com a minha banda, Visions of Atlantis, estou habituada a partilhar o palco com a voz do outro vocalista, Siegfried Samer, por isso não será muito diferente, excepto na parte em que teremos de ensaiar o nosso desempenho no palco já que somos 4!
Anna: Hell Yeah! Estou muito contente e ansiosa. A produção e arranjo dos temas são fabulosos. Mesmo estar em estúdio ou a filmar o vídeo foi divertido. Será espectacular tocar ao vivo e queremos que seja algo poderoso e excelente. Esperem para ver! :-)
M.I. – Todas as vocalistas usam belos vestidos nas fotos e nos vídeos… quem os criou?
Amanda: Bibian Blue de Barcelona. Um super talento com ideias incríveis e criações fabulosas.
Anna: Quando pensamos no que poderíamos usar nesta banda, queríamos algo especial, extraordinário e diferente e descobrimos esta designer espanhola chamada Bibian Blue. O estilo dela é tão espectacular que pensamos imediatamente “Algo como isto seria fabuloso!” Ainda nem acredito que resultou bem!
M.I. – Todas as vocalistas deste projecto têm estado envolvidas com grandes bandas… para além das Exit Eden, o que têm feito a Amanda, a Anna, a Clémentine e a Marina hoje em dia?
Marina: Haha, eu estou em muitas coisas! Tenho de gerir (muito mesmo) o tempo para ter disponibilidade para tudo, mas tudo se faz. Estou a fazer uma tournée com uma produção alemã de Musical Highlights; de Outubro a Dezembro estarei em tournée com (outra) produção do Hit da Broadway “Rent”; e em simultâneo, a minha banda Phantom Elite está aí cheia de energia com o álbum de estreia e uma tournée planeada para o final do ano.
Amanda: Estou a terminar o novo álbum de Trillium e continuo a actuar com Avantasia. Sempre foi um desafio gerir e equilibrar tudo, porque faço tanto, mas tudo tem corrido bem. :-)
Clémentine: Nestes dias, tenho actuado em festivais de verão com os Visions of Atlantis e estamos a trabalhar no novo álbum! Isto exige boa comunicação entre todas para não prejudicarmos nenhum projecto mas temos as pessoas certas a gerirem estas situações!
Anna: Penso que sou a única que não está em mais nenhuma banda, neste momento. Já estive em várias bandas com as quais gravei demos, CDs, tocámos ao vivo mas nunca conseguimos nenhum contrato. Este projecto é o maior no qual estive envolvida!
M.I. – Considerando o interesse na banda, estão a pensar lançar um álbum de originais?
Amanda: Precisamos de ver como corre. Já temos ideias para um 2.º álbum com temas dos quais gostaríamos de fazer covers. Mas vamos ver…
Clémentine: Ainda é muito cedo para falar disso! Claro que temos pensado no assunto e, quando falarmos de um 2.º álbum, a porta deve estar aberta à inclusão de temas originais!
Anna: É algo em que temos de pensar seriamente da próxima vez mas não quero fazer promessas. Vamos ver o que acontece.
M.I. – Espero que as Exit Eden façam uma tournée e que venham a Portugal promover o vosso álbum. Tudo de bom para vocês! Deixem uma mensagem aos vossos fãs e leitores da Metal Imperium.
Marina: Em Português, obviamente! ;) Portugal do meu coração, muito obrigada! Espero que gostem do nosso primeiro álbum, e quero MUITO vê-los ao vivo em breve!!! Beijinhos a todos!
Amanda: OBRIGADA!! Esperamos ir a Portugal muito em breve! Até lá, continuem a ouvir metal em alto som!
Clémentine: Muito obrigada! Espero que tenhamos a possibilidade de planear uma tournée em breve e que Portugal esteja na lista. No ano passado toquei aí com os Symphony X, como membro dos Melted Space, e adorei a energia e simpatia da audiência.
Anna: Um grande viva para todos os metaleiros portugueses! Esperamos que gostem da nossa banda e queremos conhecer-vos em breve! Horns up!
Entrevista por Sónia Fonseca