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Reportagem: Rotting Christ, Carach Angren e Svart Crown @ Hard Club, Porto - 09/02/2018


O frio dissipou-se e fazia antever uma grande noite na Invicta. As portas do Hard Club abriram-se para receber a tournée Rituals Amongst the Rotten European com os gregos Rotting Christ e os holandeses Carach Angren, da Season of Mist, como cabeças de cartaz e os franceses Svart Crown, da Century Media, como convidados.

Os Svart Crown, ao vivo pela primeira vez em Portugal, entraram em palco pelas 21:15 e deleitaram a audiência com a sua energia e vivacidade. A banda apresentou temas do seu mais recente álbum “Abreaction” e alguns clássicos de álbuns anteriores, tais como “Profane”, “Witnessing the Fall” e “Colosseum”. A extrema potência apresentada por esta banda de Black death Metal originou algum headbang na sala. A banda liderada por JB Le Bail tem uma poderosa presença em palco que cativou muitos fãs. Os Svart Crown agradeceram o apoio dos fãs portugueses e terminaram em grande com o tema “Orgasmic Spiritual Ecstasy”.

O tempo de espera pareceu demasiado longo mas, quando chegou a hora dos Carach Angren pisarem o palco, a sala já estava à pinha e a aguardar com alguma ansiedade a actuação dos holandeses que pisavam um palco nacional pela primeira vez. Imagens fantasmagóricas a serem projectadas deram o mote para a entrada desta banda de horror metal. Começaram com “Charlie” e seguiram-se temas bastante apreciados pela audiência “When crows tick on Windows”, “Blood Queen”, “In de Naam van de duivel” “Charles Francis Coghlan”, “Bloodstains on the Captain’s Log” e “Pitch Black Box”. O vocalista Seregor tem uma presença carismática e bastante energética, sendo frequente mudar de máscara durante o espéctaculo. O teclista Ardek tem uma postura bastante teatral e o teclado móvel acrescenta mais dramatismo à sua performance. A bateria de Namtar é bastante poderosa e revela-se uma peça fundamental para a brutalidade desta banda. Ao longo de 50 minutos a audiência deleitou-se com todos os temas e acompanhou-os em coro. 
No final da actuação, agradeceram o apoio e “loucura” do público.

Os gregos Rotting Christ eram a banda mais esperada da noite e o entusiasmo foi crescendo à medida que a hora de entrada em palco se aproximava. Iniciaram o concerto com “Devadevam”, do mais recente álbum “Rituals”, ao qual se seguiu “Kata Ton Daimona Eaytoy”. O headbang foi uma presença constante e até o moshpit foi incentivado por Sakis Tolis aquando do tema “Societas Satana”... o moshpit foi brutal e o baixista Vagelis manifestou a sua raiva espetando um valente murro numa das colunas quando o tema terminou, tendo mesmo ficado com a mão a sangrar. Foram apresentados temas de diferentes épocas da existência desta banda, como “Kata Ton Daimona Eaytoy”, “Demonon Vrosis”, “Elthe Kyrie”, “Apage Satana”, “The Sign of Evil Existence”, o potente “In-Yumen/Xibalba” e o sempre presente “The Forest of N’Gai” que fizeram as delícias dos fãs. No final de “Grandis Spiritus Diavolos”, a banda retirou-se do palco, tendo sido logo chamada para regressar. O Sakis ainda perguntou em português “Queres mais uma?” e tocaram “666” e “Non serviam”. O vocalista manteve sempre um bom contacto com o público assim como o guitarrista George e o baixista Vagelis. Estes gregos estiveram em grande forma e não desiludiram. 

Foi um dos concertos de 2018 e o ano ainda agora começou. Todas as bandas superaram as expectativas de quem lá foi para os ver. Que regressem em breve! 

Texto por Sónia Fonseca
Fotografias gentilmente cedidas por Rita Limede (The Black Planet)
Agradecimentos: Ritos Nocturnos