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Djevel - "Blant Svarte Graner" Review


Em 2018, a superbanda de black metal, Djevel, trouxe-nos uma dádiva para o género. "Blant Svarte Graner" é a última criação do trio formado por Mannevond (ex-Urgehal) que toma conta do baixo e é o criador das vozes mais ásperas, Trond Ciekals (ex-Malice) que assume as guitarras e as vozes limpas e Faust (ex-Emperor) que, desde 2017, toma as rédeas da bateria. A banda, que já se encontra no activo desde 2009 e tendo lançado o seu primeiro trabalho completo em 2011, traz-nos este ano "Blant Svarte Graner", um álbum de 54 minutos.

A primeira faixa é um instrumental, onde começamos com um solo de guitarra acústico. Logo de seguida somos invadidos pelos riffs rápidos do segundo tema, "Her er ikke spor af mennesker", que ao longo de cinco minutos oferece a voz áspera de Mannevond, bem como a bateria afinada de Faust, que nos dá mimos de bateria há já algumas décadas. A terceira música - "De danser rundt sopelimet som om den var deres mor" - mantém a mesma linha de produção do black metal norueguês e é interessante a forma como a própria língua norueguesa confere ao black metal um sentimento especial com selo de autenticidade. Seguidamente, temos "Paa vintersti skal hun synge en gravsang som aldrig ender", que ao longo de 10 minutos e meio nos coloca na atmosfera gelada da Noruega. Djevel conseguem ao fim de quase 20 minutos cativar-nos com os sons quase inóspitos. A quinta faixa, "Naa er hele livet paa ravnens bord", mantém o balanço quase perfeito dos riffs e vozes rasgadas e prosseguimos para as restantes faixas. De igual relevo, temos por exemplo a sétima música do álbum "I denne gamle falne kirke" e "Banker som doedningeknoker", penútlima faixa. Despedimo-nos com "Alt som her var er naa borte", um instrumental que nos acalma depois desta mistura de riffs agressivos e sonoridades violentas.

Djevel são a prova viva de que muitas vezes a voz da experiência ajuda a criar peças deste calibre. Aguardamos pelo próximo álbum deste supergrupo que nos tem vindo a surpreender ao longo dos últimos sete anos.

Nota: 8.9/10

Review por Carolina Lisboa Pereira