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Opeth - Mikael Åkerfeldt agradece aos fãs por terem gostado da sua voz gutural, mas passado é passado


Todas as bandas passam pelo seu processo de experimentação e os Opeth não fugiram à regra. No caso da banda sueca, o que mais saltou à vista, ou ao ouvido, foi o facto do líder Mikael Åkerfeldt ter deixado o vocal gutural e ter passado para o vocal limpo, algo que já o fez nos últimos quatro álbuns. Num recente vídeo da Nuclear Blast, o vocalista explicou que lida bem com as críticas e com os elogios, mas que essa vertente vocal faz parte do passado:

"Bem, não é chato. Os fãs e jornalistas fazem-me muito essa pergunta. Os jornalistas são um pouco mais cuidadosos, diplomáticos. Eles não me dizem, tipo: 'Agora, tu és péssimo. Deverias fazer isso.'

"Mas, ao contrário do que as pessoas pensam, fico feliz por me fazerem essa pergunta, porque isso dá a entender que essas coisas significaram muito para as pessoas. Agora, faz mais ou menos oito anos desde que gravámos um disco com aqueles vocais guturais - as pessoas estão apegadas a isso há muito tempo e ainda não superaram o facto de que os últimos quatro álbuns não têm vocais guturais.

"E acho que isso significa que eu fui ótimo... acho que estive bem. Acho que isso significou algo, e isso deixa-me feliz. As pessoas que gostam desse material têm de entender que tu mudas e a música muda, e tu ganhas outras influências.

"Não tenho consumido death metal... O último álbum de death metal que comprei com o meu próprio dinheiro e gostei foi o 'Domination' dos Morbid Angel, e foi em '95.

"O nosso primeiro álbum saiu em '95, e naquela altura eu ainda andava pelo death metal - qualquer que fosse a cena da qual fazíamos parte - a encontrar o nosso caminho, e eu queria que fossemos essa banda que tinha vocais guturais e vocais limpos.

"Mas, mesmo assim, eu queria adicionar mais vocais limpos; era apenas algo que não ousava fazer - eu não tinha confiança para cantar mais limpo. E com mais discos, havia mais e mais, e tu acabas por não usar vocais guturais, por causa - acho eu - da confiança.

Por: Bruno Porta Nova - 22 Outubro 19