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Prong - "Age of Defiance" Review


Sólida e longa carreira a destes norte-americanos, que contam já com cerca de trinta e três anos de existência, sempre pontuada por constantes lançamentos discográficos. Se excetuarmos o interregno ocorrido entre os anos de 1997 e 2002, período em que Tommy Victor se dedicou a outros projetos, foram raros os anos em que os Prong não tiveram um trabalho novo a apresentar. Quer fosse um álbum de originais, uma gravação ao vivo ou mesmo um EP, como acabaram de fazer com “Age of Defiance”, que foi lançado no passado dia 29 de novembro.

Foi precisamente essa vontade de dar algo de novo a todos os que seguem a sua música, que levou os Prong a editarem este EP. Segundo Tommy, depois de quatro álbuns de originais, lançados entre 2014 e 2017, a banda teve uma tournée esgotante que os conduziu um pouco por todo o mundo e assim, apenas prevê lançar um novo álbum no ano de 2021. Era necessário dar algo aos fãs que colmatasse este, nada habitual, vazio.

“Age of Defiance” é composto por cinco faixas, sendo que três delas são gravações ao vivo. O primeiro tema, que dá o nome a este trabalho, tem bastante groove e quando o ouvimos podems lembrar-nos dos Killing Joke. Ninguém estranhará certamente estas incursões dos Prong por outros caminhos, porque eles nunca foram aquele tipo de banda que se acomoda. A segunda faixa original, “End of Sanity”, já procura ir ao encontro do seu som característico. É percetível o thrash metal misturado com algum hardcore, crossover no seu estado puro. 

Chegamos às últimas três faixas, que foram todas elas gravadas ao vivo em 2015 na Alemanha, mais propriamente num concerto dado no club Huxleys Neue Welt. Dois dos temas escolhidos pertencem ao álbum “Cleansing”, um dos mais conhecidos em toda a carreira da banda. A “Rude Awakening” foram buscar a música com o mesmo nome. Uma visita ao passado, 1994-96, mas não propriamente aos primórdios dos Prong.

Os temas originais são bastante bons e provam que os Prong estão com veia criativa. Se isso não produz quantidade, revela-se pelo menos na qualidade. As faixas ao vivo, essas, poderiam ter sido outras.  Ouve a clara tentação de apostar pela certa, usando temas já com provas dadas. “Rude Awakening”, “Another Wordly Device” e “Cut Rate”, figuram já todas elas em ambos os álbuns ao vivo dos Prong e nesse sentido, nada acrescentam a este EP. Haveria muito mais a ganhar em arriscar a inclusão neste trabalho, de temas menos conhecidos, o que aumentaria certamente o interesse sobre “Age of Defiance”.

Nota: 7.1/10

Review por António Rodrigues