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Entrevista aos My Dying Bride


Tivemos a oportunidade de conversar com Andrew Craighan, guitarrista fundador, que nos explicou que este foi um álbum difícil em todos os aspetos, como criaram o título "The Ghost of Orion", a doença da filha do Aaron e assim por diante. Qual a tua opinião sobre este álbum? Senta-te e lê tudo sobre isto.

M.I. - Olá e bem-vindo. Espero que tudo esteja bem contigo.

Sim, muito bem, obrigado. Como estás?


M.I. - Bem, obrigada. No início deste ano, vocês anunciaram um novo álbum: "The Ghost of Orion". O lançamento será no dia 6 de março. Qual foi a inspiração para este álbum? Foi um álbum difícil de escrever, gravar e produzir?

Sim. Sim, foi. Foi difícil por várias razões diferentes, na verdade. Não sei ao certo o que posso dizer. Provavelmente estás ciente da situação do Aaron e da sua filha, que foi um dos maiores obstáculos que a banda teve que superar e que realmente diminuiu a velocidade e até interrompeu a banda durante algum tempo. Foi quase como se os My Dying Bride não existissem. Isso certamente não ajudou a banda de nenhuma maneira. Esta foi uma razão e algumas das outras dificuldades foram a repentina saída de membros, por razões desconhecidas, ainda não entendemos completamente o que está a acontecer. Temos apenas que viver com isso e seguir em frente. Portanto, não foi um ótimo álbum para se trabalhar, mas acho que o produto que temos agora é potencialmente um ótimo álbum. Achamos que tomamos as decisões corretas em situações em que devemos pensar de uma maneira diferente da que normalmente fazemos. Mas, quanto à inspiração não foi uma cena de querermos levar o álbum numa direção ou noutra... fizemo-lo apenas porque devemos continuar. Se não continuarmos, a banda está terminada. Então, para nós, acho que se havia alguma inspiração, era exatamente a chave para os My Dying Bride.


M.I. - Este álbum será um dos mais esperados e melhores lançamentos de Doom de 2020. Concordas? O que os fãs podem esperar?

Eu não sei a resposta para isso. Isso não é uma pergunta para mim, a sério. Não sei dizer se será um dos melhores discos de doom / death metal de 2020. Por um lado, não sei quantos outros serão lançados. Eu gostaria que fosse um sucesso para os My Dying Bride. Não precisa de ser um álbum enorme para sermos um sucesso. Quanto à segunda parte da pergunta: não sei bem o que esperar. Estamos gratos por este álbum existir, porque provamos que podemos fazer isto contra todos os obstáculos que surgiram. 


M.I. - Como é que criaram o título "The Ghost of Orion". Em que é que se baseia?

Mmm... Bem, eu não criei o título. O título é uma frase de uma das letras dessa música e há uma linha que diz: "... Um fantasma rasteja da boca de Orion ...". O meu entendimento é que esse é o murmúrio de um louco, desesperado por algum sinal de que as coisas podem melhorar. E nós prendemo-nos a isso e gostamos da ideia. "Caster" originalmente era o título, que era muito mais curto que "Ghost of Orion". Mas gostamos desta ideia e porque "The Ghost of Orion", a música em si, é muito diferente das outras. Nós apenas gostamos do título. Mas essa é a frase que nos convenceu, que nos chamou a atenção.


M.I. - A capa parece pintada à mão. Como surgiu a ideia de fazer capas como essa? Poderias, por favor, explicar o seu significado?

Bem, posso dizer-te como aconteceu. Não gostaria de falar sobre o seu significado neste momento, porque ainda é muito cedo para isso. Quero dizer, há muitos significados ocultos e muito o que ver, e cada um deve interpretá-la à sua maneira. A capa foi uma aposta amarga, digamos. Tivemos algumas capas com as quais estávamos a escolher e a trabalhar. Quando a demos a Eliran Kantor, que fez a capa, demos-lhe um resumo do que queríamos e como queríamos, mas não lhe demos muita informação deliberadamente, porque queríamos a interpretação dele. E ficamos maravilhosamente surpreendidos quando a capa ficou pronta. Realmente achamos que é uma capa muito elegante para os My Dying Bride. Achamos que a capa combina muito bem com o álbum, com o título e com a música. E, certamente, combina com tudo o que os My Dying Bride estão a viver. E sim, estás certa, a capa parece uma pintura. Achamos que é uma obra de arte fenomenal.


M.I. - Lindy-Fay Hella (Wardruna) acrescenta uma beleza etérea ao álbum, assim como Jo Quail (aclamada violoncelista). Achas que elas trouxeram mais beleza e magia?

Sim. Sem dúvida, sim. Ambas de maneiras muito diferentes, mas igualmente elegantes, muito profissionais e acho que são versões diferentes do mesmo, não sei como o descrever, é fenomenal. O que Lindy-Fay Hella trouxe para o solo é igual ao que a Jo Quail trouxe com o violoncelo, mas de uma maneira diferente. Ambas nos surpreenderam de várias maneiras, porque eram muito fáceis de trabalhar e, com o que nos trouxeram, foi bastante especial. 


M.I. - "Your Broken Shore", é o primeiro single e o vídeo que foi lançado no dia 10 de janeiro está muito bem feito e é incrível. Na verdade, é um verdadeiro vídeo de My Dying Bride. O que nos podes dizer sobre isso?

Bem, a canção tornou-se bastante vital para os My Dying Bride, porque, enquanto estávamos a gravar o álbum, o Aaron estava ausente a cuidar da sua filha. Então, a banda estava realmente sem cantor. E "Your Broken Shore" permitiu-nos dizer: "Olha, temos algumas músicas aqui que gostaríamos que ouvisses e, se puderes, reserva um tempo para cantar nesta, para ver como estamos". E ele gostou tanto das músicas que conseguimos afastá-lo, por um curto período de tempo, de cuidar da sua filha para cantar nessa música. O que nos permitiu construir algo para mostrar à Nuclear Blast e que provasse à banda que havia algo pela qual valia a pena trabalhar. Então, a música é muito especial nesse aspeto. Ela deu ao Aaron e ao resto da banda alguma esperança de que ainda havia luz no fim do túnel e a música, certamente, é especial dessa maneira. Quanto ao vídeo... normalmente, não gosto de vídeos, mas entendo por que devemos tê-los. É um "mal" necessário e tento evitá-los, tento não estar neles. Mas neste, por razões que ainda não entendi completamente, eu queria estar envolvido, queria estar num vídeo pela primeira vez em anos. Senti que talvez estivesse na hora... para mim, é algo novo, porque nunca me senti assim antes. É por isso que foi divertido, especialmente para mim, porque era o primeiro, eu realmente queria fazer parte e fico feliz porque isso juntou a banda pela primeira vez. Quando fizemos o vídeo, também fizemos um vídeo de bastidores. Mostramos quanta camaradagem existe agora. E essa foi a primeira vez que toda a banda esteve na mesma sala ao mesmo tempo. Então, isso é muito especial para mim e para toda a banda. Uniu-nos, realmente uniu-nos.


M.I. - Esta música tem uma importância pessoal para os membros?

Eu penso que sim. Para mim tem. É difícil não ter, quando dedicas tanto tempo e esforço a algo. Quando colocas algo, investes o teu tempo e a tua energia, isso significa alguma coisa. Particularmente como pensamos que fizemos; não achamos muito ruim. As pessoas podem ter a sua opinião. Tenho certeza de que ouviremos isso. Mas estamos muito orgulhosos do que fizemos e muito orgulhosos pelo facto de termos conseguido concluí-lo da maneira que fizemos. É difícil não sentir algo assim.


M.I. - No dia 1 de março de 2017, após 27 anos na Peaceville Records, assinaram com a Nuclear Blast Records. Achas que cada editora traz um som único para a banda?

Não, penso que não. Nós pensamos sobre isso, mesmo antes de assinarmos com a Nuclear Blast. Pensamos como as coisas podem ser interpretadas, mas antes de assinarmos com a Nuclear Blast, já estávamos a pensar em como abordaríamos a produção deste álbum, porque o nosso produtor musical de longa data, Mags, que está connosco há 26 anos / 27 anos, não podia fazer o álbum. Ele não conseguiu encontrar tempo, por razões muito pessoais. Então tivemos que encontrar outra pessoa e, felizmente, encontramos o Mark, que fez esta produção. Mas sabíamos que iríamos mudar a produção, já tínhamos decidido isso, era quase como se não tivéssemos nada a perder. Podemos tentar o que quisermos, podemos fazer o que quisermos, não podia ficar pior do que isso, porque naquela época estávamos a passar por um mau momento. Portanto, não mudamos o estilo de produção por causa da Nuclear Blast... independentemente de quem nos contratasse, receberia este álbum.


M.I. - No dia 18 de setembro de 2018, vocês cancelaram concertos devido à doença da filha do Aaron. Como é que os problemas pessoais afetam a banda? Vocês são amigos e dão apoio moral uns aos outros?

Bem, para responder à primeira parte, esse problema pessoal afetou muito a banda, como provavelmente deves imaginar. Quando recebemos essa notícia, não sei como descrever, mas podes acreditar plenamente que foi muito chocante, realmente inacreditável. E foi assim para mim, não importa o que Aaron possa pensar. Estávamos a conversar ao telefone, quando ele me contou e foi do pior. Uma pessoa sabe que deve dizer alguma coisa, mas isso não significa nada e não ajuda, mas precisas de dizer algo e, naquele momento, é muito difícil encontrar palavras, pois sentes-te verdadeiramente desamparado. Esse evento pessoal causou um efeito terrível em todos os membros da banda e, tenho a certeza, que também na família e amigos do Aaron. Não foi fácil, mas ainda tentamos ter as nossas próprias vidas, e tentamos o máximo para facilitar a vida do Aaron. Queríamos garantir que houvesse algo nos My Dying Bride para ele voltar, para lhe dar alguma esperança, porque realmente não sabíamos se ele voltaria completamente quebrado, talvez destruído. Não sabíamos se ele voltaria ou se queria sequer continuar nos My Dying Bride. Quem poderia dizer que tipo de pessoa voltaria depois de enfrentar isto? Felizmente, ele voltou e está a começar a sentir-se um pouco normal novamente. Ainda não voltamos totalmente a 100%, mas acho que nos ajudamos.


M.I. - Haverá uma tournée? Que países visitarão?

Acho que não faremos uma tour no sentido tradicional, em que andamos por aí a tocar durante alguns meses. Estávamos muito acostumados a isso há anos atrás, mas não fazemos isso agora, porque não somos uma banda completa e todos temos empregos. Já temos algumas datas em vista e estamos a tentar chegar ao maior número possível de lugares, dentro das restrições do nosso trabalho e vidas. Quem sabe? Agora estamos a conversar com pessoal da Grécia, Itália, Alemanha, Holanda, Noruega, Suécia, Dinamarca, Ucrânia e Rússia, o que é ótimo. Temos muita vontade de ir à Rússia... temos concertos locais na Escócia, Irlanda e Inglaterra, onde não tocamos com muita frequência. Assim, recebemos várias propostas, e estamos a tentar decidir onde podemos realmente ir sem colocar em risco os nossos empregos, basicamente. É a melhor maneira de dizer isto (risos).


M.I. - Existe algum país ou países em que ainda não tocaram e gostariam de tocar?

Sim, o Japão. Todas as bandas querem ir ao Japão e eu também gostaria de tocar na China. Talvez não agora, mas quando nos livramos do coronavírus. O Japão parece ser um lugar muito popular para o Heavy Metal e nunca estivemos lá, mas gostaríamos de ir (risos).


M.I. - Vocês tocaram em Portugal, especificamente no Porto e em Lisboa. O que te lembras desses concertos? Gostaste da experiência e queres voltar?

Sim, lembro-me. No Porto, estávamos mesmo em cima do rio. E tivemos a sorte de ter um hotel muito bom e o espaço do concerto era um local lindo, um prédio antigo e, no fim da rua, fizemos a tour habitual no Porto, onde fomos ver e conhecer todos os factos sobre o vinho do Porto e ver como é feito, porque naquela época eu e o Adrian, que tocava baixo na altura, éramos grandes fãs de vinho do Porto, mas não tanto agora. E fizemos isso. Ficamos surpreendidos por nos sentirmos em casa mesmo estando muito longe de casa. Gostamos muito de Portugal.


M.I. - A banda fez uma tournée com os Iron Maiden e outras lendas. Como descreves a experiência de fazer tournées com grandes bandas?

Bem, a tournée dos Iron Maiden provavelmente foi bastante longa, e foi o episódio mais importante da carreira dos My Dying Bride. E o principal motivo foi que nós aprendemos muito com eles, como operam, com a sua equipa e os Iron Maiden foram muito porreiros connosco. Eles ensinaram-nos a ser uma banda profissional de Rock, mesmo que não sejamos realmente profissionais, já que não o fazemos a tempo integral, mas ensinou-nos a comportarmo-nos corretamente na maioria dos casos. E apesar de ainda fazermos coisas estúpidas de vez em quando, aprendemos muito com eles, e nunca poderíamos agradecer-lhes o suficiente por isso. Foi fenomenal! De maneira semelhante, fizemos uma tournée com o Ronnie James Dio na América, talvez cinco semanas ou algo assim, e acho também que aprendemos muito. Ele era um tipo tão fixe, muito humilde connosco, mesmo sendo uma pequena banda de apoio. Novamente, foi uma experiência brilhante. Também tocamos com os Metallica na Grécia uma vez. Sentamo-nos e assistimos ao modo como eles operam e são simplesmente fenomenais. Mais uma vez, ficamos maravilhados com o funcionamento de uma grande banda de metal, e tentamos copiar o que eles fazer. Tentamos fazer as coisas à nossa maneira, mas quando fazemos tournées com essas bandas, tentamos aprender, tentamos ser uma banda melhor, tentamos ser pessoas melhores, porque algumas bandas não são porreiras e nós não queremos ser assim. E sem essas bandas, sem essas experiências, não acho que os My Dying Bride seriam exatamente o que são.


M.I. - Como te sentes em tournée? Gostas tanto de as fazer hoje como quando começaste?

Não (risos.) Não, mas existem algumas razões. Primeiro, quando tínhamos 25 anos, a tournée era diferente, e fazíamo-lo por diferentes razões. Em 1995, o Heavy Metal e o modo como as coisas funcionavam também eram diferentes. Agora mudou muito, e eu notei que também mudei muito, porque estou mais maduro. Ainda gosto de tournées, mas por razões diferentes. Já não é a mesma coisa, pois alguns festivais agora são muito restritos e os seus bastidores são estéreis. É muito do género, a banda faz o que tem de fazer, sai, adeus... já não há vida ou alma nos grandes festivais. Andar em tournée como cabeça de cartaz é um trabalho árduo mas é ótimo, contudo não é a mesma coisa fazê-lo quando tens cinquenta anos ou quando tens vinte e cinco.


M.I. - Aaron apresenta uma performance atraente e sua voz é única. Acreditas que isso influencia o sucesso da banda?

(Risos). Esta é uma boa pergunta. Tenho que ter cuidado com o que digo, mas acho que não. Seria como perguntar se algum instrumento singular no álbum ou nos My Dying Bride pode criar um sucesso singular. Eu acho que o coletivo é que faz dos My Dying Bride os My Dying Bride. Eu diria que as letras do Aaron ajudam e fazem da banda um sucesso, mas não tenho assim tanta certeza se a sua voz é brilhante. Acho que há mais do que isso.


M.I. - Este ano, completarás cinquenta anos. Agora que estás prestes a alcançar meio século de vida, sentes que já conseguiste tudo o que querias, musicalmente falando?

Não, nem perto. Não, não mesmo. Acho que é isso que me faz continuar. Mesmo que tenhamos terminado este álbum, tenho outras músicas que considero melhores do que as que acabamos de fazer. Eu quero gravá-las, quero trabalhar com o resto da banda para gravá-las, porque já estou a tentar tocá-las. Não tenho a certeza se, algum dia, serei totalmente feliz, mas há pessoas ao meu redor que estão felizes. Mas acho que nunca posso realmente alcançar os meus objetivos nisso, porque a música dos My Dying Bride é o que é. Isso limita-nos em muitos aspetos. Acho que tenho orgulho do que fizemos, mas alcancei o que pensava alcançar por estar numa banda? Não, não alcancei.


M.I. - Vocês lançaram catorze álbuns de estúdio completos, três EPs, uma demo, um boxset, quatro álbuns de compilação, um álbum ao vivo e um CD / DVD ao vivo. Alguma vez pensaste que serias um músico tão famoso e talentoso?

Não, não mesmo. Eu não seria capaz de me lembrar de tudo isso. É uma conquista e tanto. Ainda estou genuinamente surpreendido. Em primeiro lugar, pelo quão populares são os My Dying Bride, considerando o que fazemos e o facto de agora estar a chegar aos cinquenta anos e os My Dying Bride ainda estão a ficar maiores. Em cada álbum, somos uma banda maior, o que faz a minha cabeça girar às vezes pensando: “Como pode ser??? Não escrevemos músicas muito populares, somos estranhamente estranhos, estranhamente desajeitados e ainda assim parece relevante que ainda me surpreenda.”. Sou grato, sou muito grato e tento divertir-me um pouco, que é o que faço na maioria dos casos. Afinal, estou muito surpreendido, porque nunca esperava durar tanto tempo.


M.I. - Os My Dying Bride são mencionados como uma grande influência por muitas bandas. Como te sentes quando ouves isso?

Isso é estranho, porque não ouço isso. Acho que nunca ouvi isso de ninguém, além de jornalistas como tu. Ouvi isso algumas vezes nas últimas semanas desde o início deste novo álbum e ao fazer entrevistas. Não sabia disso! É uma coisa agradável de ouvir. Aprecio ouvir que a nossa música tem uma influência a esse nível. Mas, a não ser que me tenha esquecido, não me lembro de conhecer pessoal que diga: "A minha banda ou meu estilo é este por causa dos My Dying Bride", razões assim como essa. Estou bastante surpreendido, agradavelmente surpreendido.


M.I. - Imaginaste que a tua vida seria como é quando fundaste a banda?

Não. Para ser sincero, não tinha a certeza do que estava a pensar. Quando começamos a banda, não tínhamos um plano, quer dizer, tínhamos uma ideia do que queríamos que a banda fosse musicalmente mais ou menos. Mas realmente nunca pensamos que daria certo... dedicamo-nos a esse tipo de pensamento, e apenas continuamos. Fizemos um álbum, um EP e outro álbum, uma tournée, outro EP e, de repente, aqui estamos. O tempo voa rápido. Realmente parece e fica mais rápido quanto mais velho se fica. Apenas os idosos dizem isso. Estou impressionado com o que fizemos. Mesmo tendo padrões muito altos, o que considero sucesso, ainda não o temos, porque temos de trabalhar para viver. Isso é mau porque se uma banda tem sucesso, não trabalha para viver ao mesmo tempo. Então, quanto à pergunta “Achas que conseguiste tudo?”. Não. Para responder a esta: "A tua vida é como tu esperavas?" Não acho que alguém realmente espere que a vida seja de um jeito ou de outro. O que eu não esperava é que este álbum fosse tão difícil, de escrever e criar. Nunca pensei que teria este pensamento quanto à criação de um álbum, porque foi um álbum muito complicado para se trabalhar, por causa de problemas externos. Além disso, a minha vida não é má.


M.I. - Espero que tudo corra bem com o álbum. Agradeço a entrevista.

Muito obrigado. Foi um prazer.

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Entrevista por Raquel Miranda