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Mimorium - "Blood of Qayin" Review


Mais uma banda da Finlândia, com um som tipicamente finlandês. Behexen ou Horna, dois dos maiores expoentes do Black Metal finlandês actual, influenciaram e continuam a influenciar uma imensidão de bandas por esse mundo fora. Possuidoras de um som característico, um cunho muito próprio de tocar Black Metal. A sua visão e criação musical extrapolaram as fronteiras da sua pátria – como tudo hoje em dia – fazendo deles a potência musical que são hoje.

Estes Mimorium, finlandeses como já foi referido, formaram-se em 2016, tendo lançado o primeiro Longa-duração em 2018. Este ano, em Fevereiro, “Blood of Qayin” verá a luz do dia! Trivia Time: o baterista da banda, Vilthor, é igualmente membro dos Marras, banda que lançou em 2019 o álbum de estreia – “Where Light Comes to Die”. Um portento de Black Metal!

E como é de Black Metal que falamos e tendo em conta as bandas referidas como influência, similares, etc, suponho que nenhum de vós espere grandes surpresas. Pleno em melodia, mas  com agressividade. Riffs de guitarra bastante melodiosos, assim como uma bateria pujante e bem presente. Como em muitos lançamentos recentes de Black Metal, o som é bastante perfeito! Não o será para fãs de Porcupine Tree ou até mesmo Opeth, por exemplo, mas para fãs de Black Metal soará bastante cristalino. Tal realidade traz benefícios à música ou não?! Boa pergunta. A esta linha de Black Metal – Black Metal Ortodoxo… postura e componente lírica, acima de tudo – a produção limpa permite, por exemplo, absorver facilmente o desempenho vocal de Vox Malum e as pequenas variações que existem, tal como os pormenores de guitarra de Lord Mimorium e Kurimus.

É um trabalho bastante sólido, bastante actual, por assim dizer. Agradará a todos os adeptos do género? Fãs das bandas acima referidas e de Watain e de Satanic Warmaster, para dar alguns exemplos, encontrarão aqui algo que lhes agradará. Há até momentos que me remetem para o “Reinkaos”. Remetem. Momentos. Calma! É Black Metal melódico, com aquela carga gélida reconhecida da Finlândia. Não desaponta, mas não acrescenta novidades ou o factor surpresa… é aquilo que aqui está e nada mais.

A Finlândia já nos ensinou várias vezes, e de variadas formas, que é capaz de criar música muito acima da média. Este trabalho dos Mimorium é acima da média, disso não tenho dúvidas… talvez a minha média esteja é um tanto ou quanto acima da mesma.

Nota: 6/10

Review por Daniel Pinheiro