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Entrevista aos On Thorns I Lay


Tivemos o prazer de entrevistar os gregos On Thorns I Lay que partilharam connosco pensamentos sobre o novo álbum, a nova formação, a nova editora e muito mais. Vamos apreciá-la ao máximo.

M.I. - Vocês começaram em 1992 em Atenas, Grécia, sob o nome de Paralysis. Mais tarde, mudaram para Phlebotomy e, finalmente, para On Thorns I Lay. É uma referência a Shakespeare. Porquê isso?

Por volta de 1993, mudámos o nosso nome para OTIL porque sentimos que queríamos algo que se encaixasse mais na nossa música. Efthimis da banda grega de death metal Nightfall deu--nos o nome, o qual adoramos.


M.I. - No vosso primeiro álbum "Sounds of Beautiful Experience", o som estava perto do estilo death/doom e, ao longo dos anos, evoluiu para gothic metal. O que nos podes contar sobre isso? Porquê a mudança?

Sim, no nosso primeiro álbum, nós seguimos a nossa evolução musical, começada com a nossa demo em 1992, no qual pusemos elementos novos e mais agressivos. Nos álbuns que se seguiram, inspirados na maneira como o nosso género musical estava a evoluir, exploramos mais caminhos góticos.


M.I. - Entre “Egocentric” e “Eternal Silence”, houve um hiato de doze anos. Porquê? O que aconteceu?

De facto, “Eternal Silence” foi gravado depois do álbum “Egocentric” e depois deixamos de tocar. Sentimos que perdemos a nossa identidade musical. Em 2015, quando decidimos tocar novamente, fizemos a mistura e masterização mais uma vez e lançámo-lo. Ao mesmo tempo, estivemos a trabalhar nas canções de “Aegean Sorrow”, o nosso lançamento de regresso.


M.I. - A banda tem um baterista e baixista novos. Sempre que necessitam de novos membros, como os descobrem? Como é feita a seleção? Quais são os critérios? Eles costumam-se adaptar bem à banda?

É difícil encontrar pessoas que partilhem os mesmos sonhos e metas. Neste momento, temos um alinhamento estável e estamos contentes com isso.


M.I. - No ano passado, assinaram um acordo discográfico com a discográfica alemã Lifeforce Records. Porque é que optaram por assinar com eles? Como é que está a ser trabalhar com eles?

Quando gravamos “Threnos”, estávamos à procura de uma editora maior. A Lifeforce mostrou-nos o quanto queria ter este lançamento. É muito importante que a editora acredite na nossa arte. Assinamos com eles para 2 álbuns mais um.


M.I. - Trabalharam novamente com o Dan Swanö, que é responsável pela mistura e masterização do novo álbum “Threnos”. Como foi a experiência de trabalhar com ele novamente? Trouxe algo novo ao conceito dos On Thorns I Lay? Que ferramentas é que o Dan utilizou para que este álbum soasse tão bem?

Somos fãs do seu trabalho desde o seu começo no início dos anos 90 com os Edge of Sanity e etc. O Dan deu-nos um ótimo som em "Aegean Sorrow" e "Threnos" e no próximo trabalharemos juntos novamente, com certeza.


M.I. - Foi um álbum difícil de produzir? Como é que tiveram ideias para ele?

Eu comecei a compor as faixas do “Threnos” após as gravações do álbum "Aegean Sorrow”. Levou-me um ano a preparar tudo e depois entramos em estúdio em março de 2019. Eu inspirei-me, principalmente, em algumas situações difíceis que passei nesse período específico e estou muito ligado emocionalmente a cada momento do álbum.


M.I. - Quem teve a ideia para a capa do álbum e o nome para o mesmo? Achas que a mitologia grega influenciou a escrita e som da banda?

Eu tive toda a ideia. A mitologia grega é algo com o qual crescemos e sentimos orgulho disso. Eu realmente gosto que misturemos elementos a partir daí e todos gostamos do resultado obtido.


M.I. - Cada álbum dos OTIL possui o seu próprio caráter, mais atmosfera gótica em “Orama”, menos melancólico em “Angeldust”. Porquê isso? Porque não continuar com a história do primeiro? Quais foram as vossas influências para este álbum?

Sim, é verdade. Mas pensa que, quando começamos a banda, tínhamos 15 anos e o nosso primeiro álbum saiu quando tínhamos 16. É muito normal agora, depois de todos estes anos, finalmente termos o nosso som mais maduro e pessoal.


M.I. - "Threnos" está acima de qualquer coisa que a banda tenha feito antes. Podemos dizer que é uma obra-prima dentro do seu género?

Obrigada pelas tuas palavras gentis. Claro, não podemos dizer uma coisa dessas. No entanto, é verdade que estamos muito orgulhosos disso e sabemos que precisamos de nos esforçar para fazer o próximo.


M.I. - Que surpresas podem os fãs esperar?

Fizemos dois videoclips para o álbum. “The Song of Sirens” e “Threnos”. Acabamos de dar um concerto aqui em Atenas com os Katatonia e estamos a planear os nossos concertos ao vivo para o próximo outono, inverno 2020, inverno 2021.


M.I. - “The Song Of The Sirens” é o novo single para o álbum. Conta-nos a história, por favor.

Liricamente, o Stefanos seria a pessoa apropriada para responder. Musicalmente falando, eu realmente gosto de ouvir esta faixa. Combina elementos diferentes, como as melodias de abertura, algumas partes mais agressivas, como a 2ª e a 3ª, e, claro, a melodia final, na onda do nosso estilo único e pessoal, que me orgulha muito.


M.I. - Andarão em tournée este ano para apresentar o álbum? Portugal será incluído?

Nós realmente queremos. Claro, cabe aos promotores locais...


M.I. - Tudo de bom para ti. Alguma ideia final que gostarias de partilhar connosco?

Muito obrigado pela entrevista e pelas tuas amáveis palavras. Espero ver-te num dos nossos concertos.

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Entrevista por Raquel Miranda