É muito fácil deixarmo-nos vencer pelo preconceito de que este ou aquele estilo musical estão de tal forma saturados que, quase acreditamos verdadeiramente já não existir nada que se lhe possa acrescentar. Podemos até ser levados a pensar que todas as novas bandas que surgem, se resumem a simples cópias praticamente assumidas, para não dizer descaradas, dos clássicos desse estilo, neste caso o thrash. É, pois, verdade que muitas vezes esse preconceito tem razão de existir…, mas, felizmente para nós, volta e meia aparece quem pretenda provar o contrário.
Criados em dois mil e quinze, passando recentemente pelas mais que habituais entradas e saídas de integrantes, os ThrashWall apresentam-nos agora o seu primeiro álbum de estúdio…. Peço desculpa, na verdade o que o coletivo eborense nos apresenta é um autêntico tufão descontrolado que, esperemos nós, quando a pandemia terminar, irá deixar umas quantas almas extremamente cansadas de tanto mosh durante as suas atuações ao vivo.
Pode parecer redutor estar a mencioná-los apenas por esta característica, existem outras bandas capazes de proporcionar semelhante entretenimento, é verdade, mas temos de ter paciência, há mais e (com certeza) o melhor ainda está por vir. Acreditamos firmemente nisso pois o potencial está lá.
De curta duração (vinte e oito minutos), direto e pojante, o disco homónimo do quinteto consegue ter um bom equilíbrio entre os elementos conhecidíssimos do thrash metal, nitidamente ao estilo americano, o bom aproveitamento, eventualmente, dos equipamentos desta época, e ainda de uma grande dose de juvenilidade, sempre sem se deixar cair na tentação de um certo movimento retro e ainda bem que assim é. Exemplo disso é a faixa “Warehouse Rampage” que tem um início muito ao gosto do speed metal de ‘80s, mas sempre com o feeling que o exige.
O nosso destaque, para além da faixa já mencionada, vai para “World Domination” e “Mosh in the Hall”.
Nota: 7.5/10
Review por Duarte Vieira Fernandes
