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Kirkebrann / Visegard – "Kirkegard" Review

Romenos agora a terras nórdicas, de encontro aos fjordes e ao Black Metal. Tanto Kirkebrann como Visegard são o produto musical da terra de origem – Black Metal Norueguês – pelo que o ouvinte sabe, à partida, ao que vai. Somos recebidos pelos Kirkebrann, formados em 2004, que nos apresentam 6 temas – tal como os Visegard – de Black Metal directo e agressivo q.b. Com diversos momentos de melodia, o som destes vive nessa balança Peso / Melodia, bastante característica das bandas norueguesas (ou daquelas que replicam o dito som norueguês). “Vederstyggelig...”, por exemplo, mostra uma banda a apresentar algo distinto, ritmos mais lentos e groovy. Bom ver que a fórmula tem muito mais para dar. Quando a banda tira o pé do acelerador, reduz a velocidade, e prefere a melodia à agressividade, o ganho é tremendo! “Terroritt” será o melhor exemplo de tal. No seguinte tema temos algo de Satyricon... este pessoal vai a todo o lado! Chegamos, assim, a Visegard, onde a abordagem é muito mais tradicional, diria. Viking feeling all around! Curiosidade: o vocalista / guitarrista destes, é guitarrista ritmo de Kirbekrann. Se há coisa que os noruegueses fazem bem é introduzir as sonoridades que lhes são tão queridas, e características, no Black Metal, sendo que o resultado, por norma, é imensamente interessante. Ao contrário das bandas de Black Metal de Leste que recorrem ao Folklore musical dos seus países, as bandas norueguesas tendem a soar mais fortes que melancólicas... quiçá seja mais uma questão de herança histórica. Visegard, formados em 2007 (com um hiato de 2009 a 2011), inicialmente surgem com um Black Metal mais Sinfónico que Folk, ainda que termo Folk seja um tanto ou quanto perigoso. Melodia e mais melodia, riffs fortíssimos e mais melodias Folk. Fãs de Windir, por exemplo, identificar-se-ão com a sonoridade deste trio. A música que encerra o álbum, e consequentemente a parte destinada a Visegard, “Jerva Jakop”, é um perfeito template da sonoridade da banda: grandioso e imponente! Um excelente Split, duas bandas muito fortes e competentes. Agrada-me o facto de não soarem ambas ao mesmo... uma novidade.

Nota: 8/10

Review por Daniel Pinheiro