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Entrevista aos Burning Point


Nunca um álbum significou tanto! Estamos a falar sobre este, que foi lançado pela AFM Records, no dia 22 de outubro de 2021, especialmente a música “Hit The Night", que fala sobre o que a maioria de nós sente, mas não sabe como expressar esses sentimentos.
A Metal Imperium teve a oportunidade de conversar com Pete Ahonen (guitarrista), que explica como a banda descubriu Luca Sturniolo (voz), as letras, os novos membros, os anos 80 e mais. Luca explicou, na primeira pessoa, o significado da música.
Espero que o poder da noite vos cure e boa leitura!!

M.I. -  Olá. Muito obrigada por responderes às nossas perguntas. Como é que estás e o que tens feito?

Olá e muito obrigado pela entrevista. Bem, tudo aqui está bem e basicamente tenho composto nova música, além de estar com a minha família, etc.


M.I. -  “Arsonist Of The Soul” é o nome do novo álbum, que foi lançado pela AFM Records, no dia 22 de outubro de 2021 e vocês trazem algumas novidades, especialmente na mudança de formação. A banda regressa com uma nova voz, Luca Sturniolo, que substituiu o Nitte Valo (ex-Battle Beast), que estava na banda desde 2015. Foi uma descoberta e tanto! Como é que o descobriram e de que forma achas que ele trouxe magia para a música e letras que escreveste?

Conhecemos o Luca por volta de 2014, quando demos um concerto em Pietarsaar (uma pequena cidade na Finlândia) e ele estava a dar um concerto no mesmo local. Falamos muito no backstage depois e estávamos a divertir-nos a falar. Como a era do Nitte estava a acabar, lembrei-me do Luca, contactei-o imediatamente e perguntei-lhe se estava interessado em juntar-se e felizmente ele estava. A sua voz espetacular e personalidade trouxeram, sem dúvida, boas energias novamente!


M.I. -  Jarkko Poussu (baixista, ex-membro dos pioneiros do thrash finlandês A.R.G.), Tuomas Jaatinen (baterista) e Matti Halonen (teclista) também são membros novos. Achas que esta nova formação era o que estava a faltar para criar um som formidável neste disco? Como é que combinaram as vossas personalidades, para que isso acontecesse?

Acho que são os músicos que fazem com que o álbum soe como soar, independentemente de quem escreve as canções. Estes tipos são instrumentistas de primeira qualidade e também muito fixes enquanto indivíduos. Foi muito fácil trabalhar com eles. E também são meus bons amigos. 


M.I. -  Este álbum é evidentemente um pouco mais pesado do que o anterior (“The Blaze”) e ainda podemos ouvir o que torna esta banda tão característica: as baladas. O que nos podes dizer sobre o processo criativo do álbum? Porque é que decidiram fazer essa mudança?

Como sempre, eu escrevo canções sem pensar muito no futuro. Apenas para manter o “flow” o mais natural possível. Neste álbum, escrevi 11 e o Pekka 2. Eu compus todas as melodias vocais e escrevi as letras para 5 canções e fizemos o restante juntamente com o Luca. Ele estava muito envolvido na produção do álbum. Como disse, não penso muito sobre o tipo de música que vou compor e tento manter tudo fluído naturalmente. Mas vou contar-te um segredo: no próximo álbum, há uma grande balada poderosa.


M.I. -  Também é uma jornada agradável para os fãs, que sentem a falta do som Power Metal do início dos anos 2000. O que é que sentiste ao revisitar essa era? O que aconteceu em vinte anos, que achas que ainda é útil, musicalmente e liricamente falando?

Estas são perguntas “difíceis” para mim, porque como disse, não penso muito sobre as canções quando estou a escrevê-las. Para mim as canções soam como canções dos BP, mas tenho visto em muitas reviews, etc., que as pessoas falam o quanto o álbum soa ao Power Metal do início dos anos 2000. Mas sim! Não é segredo nenhum que também adoro Power Metal. Para mim, o Power Metal começou com o álbum “Walls Of Jericho”, dos Helloween, nos anos 80 e talvez os anos 2000 foram de alguma forma o “acordar” de algumas pessoas para o Power Metal, mas para mim, começou há muito tempo.


M.I. -  Também têm uma influência dos anos 80 que pode ser ouvida na música que dá nome ao álbum. Quais bandas te inspiraram para esse som?

Bem, eu cresci com Accept, Running Wild, Bon Jovi, Europe, Queensryche, Helloween, Yngwie Malmsteen, Judas Priest, Dio, Iron Maiden etc. Por isso, são essas as minhas “raízes”.


M.I. -  "Arsonist Of The Soul" é um dos melhores álbuns no que diz respeito ao seu estilo. Quais foram as principais influências para os temas e como é que escreveste as letras? Foram estas mais difíceis do que as de “The Blaze”? Fala-nos do conceito por trás delas, por favor.

Bem, muito obrigado pelas palavras simpáticas! Temos orgulho no álbum. As letras são das coisas que vejo, ouço e experiencio e as do Luca são maioritariamente sobre História, sobre o Egito, etc. Há muita variedade, mas acho que encaixam muito bem.


M.I. -   Têm uma música em latim: “Persona Non Grata”! Quem é esta pessoa e qual o significado por trás dela? Somos nós a “persona” de que vocês falam, não somos gratos o suficiente?

É sobre pessoas que são muito negativas etc., no geral. Não uma pessoa em específico.


M.I. -  Há dois contrastes: “Hit The Night" é uma canção para pessoas que detestam o seu trabalho e têm de ganhar a vida e a noite regenera a alma delas e “Will I Rise With The Sun”. Importas-te de explicá-las, por favor?

Vou deixar que o Luca as explique. Aqui estão as suas palavras….
“Will I rise” é inspirado pelo livro dos mortos egípcio, descoberto no primeiro túmulo do faraó Seti. O faraó morto, depois de se ter desafiado pelas portas do inferno sem medo, depara-se em frente a Osíris, que o julga pelo peso do seu coração. O faraó torna-se num deus, só quando o seu coração for mais leve do que uma pena. Senão, é devorado por um terrível monstro.
A noite é normalmente quando as pessoas saem para se divertirem, escapar da vida normal, a jaula onde estão prisioneiros, em trabalhos que não gostam para ganhar a vida. Então: 
“Hit the night Regenerate your soul till the morning light.”


M.I. -  Quais bandas/artistas tens ouvido e recomendas?

Sou um grande colecionador de CD/Vinil. Por isso, ouço MUITA música, nova e velha. Para ser honesto, hoje em dia tenho ouvido em geral, as coisas novas das nossas bandas, criar melodias e escrever letras. Recomendo que ouçam as nossas bandas Stargazery e Ghost Machinery, como também a minha nova banda Fire Action, da qual me tornei cantor .


M.I. -  Têm algum plano para uma tournée, para o ano? Que países irão visitar?

Planos sim, mas concretizar-se-ão… só o tempo dirá, tomara! Estamos muito ansiosos para tocar ao vivo! Gostaríamos de visitar o maior número possível de países \m/ Portugal, queremos ir a Portugal!


M.I. -  Obrigada mais uma vez pelo teu tempo. Algumas palavras finais para Portugal, os vossos fãs e os nossos leitores?

Muito obrigado por esta entrevista fixe! Para os nossos fãs em Portugal, nós saudamo-vos e agradecemo-vos o apoio! Por favor, ouçam o nosso álbum e espalhem a palavra. E tomem a liberdade de comentar nas nossas páginas do Facebook.


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Entrevista por Raquel Miranda