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Entrevista aos Nocturnal Graves


“An Outlaw’s Stand” é a nova produção dos Nocturnal Graves, e reúne os elementos mais crus e duros do death, thrash e black metal.
Eles lançaram o seu primeiro álbum “Satan’s Cross”, em 2005, um ano após a sua formação. A banda ampliou extraordinariamente a sua base de fãs internacional com o lançamento do segundo álbum “...From the bloodline of Cain” (2014) que resultou em várias tournées mundiais de sucesso com grandes nomes da cena underground.
No início da pandemia, a banda isolou-se para escrever e gravar o seu quarto assalto. Este novo álbum foi uma ótima desculpa para a Metal Imperium entrevistar esta banda australiana. Leiam aqui.

M.I. - Em primeiro lugar, muito obrigado por responderem às nossas perguntas! Sendo uma banda australiana, qual cena musical que mais vos influenciou mais para se tornarem músicos?

A música é o que me inspirou a me tornar um músico.


M.I. - Qual é a melhor cena: Death Metal americano, Black Metal norueguês... o que mais vos atrai?

Eu gosto de boa música. Não me importo de onde vem.
 

M.I. - O 4º álbum dos Nocturnal Graves, "An Outlaw's Stand", foi lançado a 7 de janeiro de 2022... como foram as reações até agora?

Muito sólidas.


M.I. - O novo álbum foi transmitido online antes da data de lançamento. Por que decidiram fazer isso? Na vossa opinião quais são as vantagens/desvantagens de fazê-lo?

A editora faz isso obviamente para criar interesse. Funciona, portanto tudo bem.


M.I. - O título é uma referência a todas as teorias contra o vírus, àqueles que se opõem ao sistema ou é sobre algo completamente diferente?

É um desafio de distanciamento em relação a qualquer coisa que tenha como objetivo sufocar a soberania do indivíduo. O escravo nasce para servir, enquanto a centelha de Prometeu arde no coração dos nascidos para liderar. Defendemos o que lidera.


M.I. - Que bandas vos influenciaram musicalmente para este disco considerando as exibições ameaçadoras de blackened thrash com death metal?

Nocturnal Graves foram a influência. Nós inspiramo-nos no catálogo anterior e no som/estilo que criamos.


M.I. - Já se passaram quase 4 anos desde que lançaram “Titan” e, em metade desse tempo, o mundo passou por tempos estranhos. Esta pandemia ajudou-vos a compilar as oito faixas de pura ferocidade de black e death metal cru e indomável que são apresentadas no novo álbum?

Eu não diria que ajudou, mas definitivamente moldou o álbum. Enfrentamos muita oposição durante o processo de fazer este disco, que colocamos em bom uso.

 
M.I. - Os vocais destacam-se porque possuem uma estética particularmente enegrecida ao misturar death metal e black metal, mas são perfeitamente audíveis, o que nem sempre acontece em álbuns de metal extremo. A maioria das bandas parece escolher intensidade e brutalidade sobre os vocais, por que optaram por exibi-los?

Esse tem sido o meu estilo desde o primeiro álbum.


M.I. - Eu li uma crítica que dizia que "An Outlaw's Stand é um registo de qualidade para o mundo mais explosivo e aterrorizante do metal extremo". Era esta a vossa intenção? Sentem-se felizes quando leem comentários positivos?

Eu abstenho-me de ler críticas porque nunca me preocupei com a opinião de outras pessoas sobre algo tão subjetivo como a música. Peço a todos que ouçam e decidam por si mesmos o que pensam.


M.I. - Todos os álbuns da banda incluem 8 faixas. Existe uma razão especial para isso?

Não.


M.I. - Os dois primeiros álbuns tinham capas coloridas, mas os dois últimos têm uma vibe completamente diferente. De quem foi a decisão de mudar a estética da capa? O Simon Turner captou a essência da alma do álbum na capa?

Para mim, ele captou-a perfeitamente: frio, rígido. Queríamos algo direto e forte.


M.I. - Este não é um álbum que vai agradar às massas, mas, considerando que este género geralmente ignora a produção limpa, os solos soam incrivelmente bem e o som é particularmente afiado quando precisa ser. Irá o álbum número quatro ajudar os Nocturnal Graves a tornarem-se maiores?

Eu não penso assim. Como o álbum será recebido e o que acontece como resultado não é nada em que penso, porque não posso controlar isso. Lançamos os dados e vemos o que acontece...


M.I. - Todos os álbuns foram lançados por diferentes editoras... bem, "Titan" foi lançado pela Season of Mist e "An Outlaw's Stand" foi lançado pela Season of Mist Underground Activists... qual é a principal diferença para os Nocturnal Graves agora?

A Season of Mist é uma editora mais eficiente, essa é a principal diferença.


M.I. - Acham que ser da Austrália pode ser uma desvantagem devido a toda a logística necessária para uma tournée, tornando mais difícil alcançar mais ouvintes? Acham que a carreira dos Nocturnal Graves teria sido diferente se estivessem noutro lugar? De que maneira?

Sim, é uma desvantagem pela oportunidade de tournées, festivais etc. Se morássemos na Europa, estaríamos em tournée muito mais frequentemente.
 

M.I. - Agora que o mundo está a abrir de novo... ou assim parece, mas isso muda todos os dias... estão a planear uma tournée para promover "An Outlaw's Stand"? Onde vão tocar?

Não neste momento. Ainda é tudo muito volátil e as tournées são constantemente adiadas ou canceladas.


M.I. - Quanto é que o corona vírus afetou a vossa vida pessoal e os planos da banda? Quão cansados estão disto?

Ele interrompeu os planos de tournées, viagens etc, mas além disso não me afetou. Claro que estou cansado, porque ter liberdades removidas não é o que considero uma coisa boa.

 
M.I. - Existe uma mensagem final que gostariam de partilhar com os leitores da Metal Imperium? Esperamos vê-los a tocar ao vivo aqui em breve. Saudações de Portugal!

Ouçam o álbum e continuem a desafiar. Obrigado pela entrevista!

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Entrevista por Sónia Fonseca