Os Knocked Loose vieram a Portugal pela primeira vez e o palco escolhido foi o LAV – Lisboa ao Vivo. Apesar de o concerto ter acontecido a uma terça-feira à noite, a sala estava muito bem composta para ver os norte-americanos “estalarem os ossos” daqueles que ali se encontravam. É de relembrar que, à mesma hora, no RCA Club, os Infected Rain também iniciavam o seu concerto, o que fez com que o público se dividisse um pouco pelos dois espaços – a malta do Metal seguiu para Alvalade, a malta do Core seguiu para os Olivais.
Para acompanhar, estavam os The Voynich Code e os Stay Away. E foram estes últimos que deram início às hostilidades. A banda de hardcore da zona centro lançou o seu primeiro EP “The End is Near” em 2019 (ano da sua formação também, apesar de contar com alguns veteranos do underground em Portugal) e descarregou toda a sua energia em cima do palco, deixando muitos dos presentes em ebulição.
Seguiram-se os The Voynich Code, banda lisboeta de deathcore que se formou em 2013 e no seu repertório conta já com um álbum e dois EP’s. Uma aposta acertada para fazer a transição entre os Stay Away e os headliners Knocked Loose. Uma atuação rápida (no que toca a ritmo e não a duração e ainda bem), pesada e a deixar água na boca para o que se seguia.
E chega a vez dos cabeça-de-cartaz. Para aqueles que ainda não conhecem, os Knocked Loose são uma banda de hardcore originária do Kentucky formada em 2013. A sua mistura de hardcore, metalcore e beatdown proporcionam um som pesadíssimo, que se caracteriza bastante pelos breakdowns em slow-tempo que fazem lembrar bastante bandas como Kublai Khan TX e Code Orange. A banda deu um concerto eletrizante, a mil à hora e a deixarem o público literalmente a pedir por mais.
Sem dúvida alguma que foi uma aposta ganha, tanto a nível de headliner, como a nível de bandas de suporte. E é excelente ver num dia de semana, uma casa tão bem composta como estava o LAV – Lisboa ao Vivo, especialmente quando existia outro concerto a decorrer noutro local e no mesmo horário. Que se repita muitas vezes.
Texto por Ricardo Moita
Fotografia por Sabena Santos Costa
Agradecimentos: Prime Artists