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Saor - "Origins" Review

O single de avanço do álbum, o tema título, foi a principal razão para que este disco meu agarrasse a atenção, ora, quando o ouvi do início reparei que o riffs da guitarra solo acompanhados na perfeição pela bateria eram uma constante ao longo do álbum.

“Call of the Carnyx” é, desta forma, o tema de abertura do disco que nos avisa do que nos espera, vozes em coro e ásperas, mas dispersas, solos que lideram a instrumentação (toda ela a cargo de Andy Marshall) e uma bateria executada na perfeição por Dylan Watson que altera as dinâmicas consoante o que cada parte da música pede, seja uma parte mais black metal, seja uma parte mais folk.

No seu todo, Origins é um álbum que mistura black metal com folk, um pouco como os Wintersun em The Forest Seasons. Mas “Fallen” revela um lado mais anglo-saxónico no qual o riff de guitarra soa quase a uma gaita-de-foles escocesa. A alternância de vozes em coro com vozes ásperas de black metal tornam o tema mais interessante e demonstram uma extensão vocal por parte de Andy Marshall.

As teclas presumo, são também um instrumento que contribuem para aumentar a densidade sonora dos temas como o final de “Origins” ou o início de “The Ancients Ones”, um tema mais agressivo, a lembrar Alcest em “Kodama”. Por sua vez, “Origins” é, na minha opinião, o melhor tema do álbum, dado que nos primeiros dois minutos passa por várias secções cativantes, antes de assentar num riff hipnotizante que irá durar até ao final do disco.

“Aurora”, por sua vez, aproxima-se de “Forest that Weeps” do álbum “Forest Seasons” Wintersun. Lembra ainda o tema “Call of the Wilds” dos Nightwish, pela sua inclusão de instrumentação com teclados abundantes, alguns a simular instrumentos de sopro tradicionais.

O segundo single “Beyond the Wall”, penúltimo tema do álbum é um excelente exemplo da utilização de vozes femininas, a cargo de Sophie Marshall, que, ora sussurra, ora canta a par de Andy Marshall no refrão final. 

Concluindo, Origins é um álbum que começa por prometer excelentes temas, e consegue-o nomeadamente no tema título e em “Call of the Carnyx”. Por outras palavras, começa de forma excelente e termina de melhor forma.

Nota: 8/10

Review por Raúl Avelar