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Junkbreed – “Sick of the Scene” Review

Teremos já dado um passo a mais, no que respeita ao uso de tecnologia e, mais em concreto, da chamada inteligência artificial? Foi este o mote encontrado pelos Junkbreed para o seu segundo trabalho que saiu no passado dia 10 de outubro.
Este tema, embora já tenha sido abordado por diversas vezes, dá azo a muitas variantes que foram aqui exploradas pelos Junkbreed . O consumo, as relações humanas, ou a falta delas, mas sobretudo o facto de termos deixado a máquina criar, de lhe termos dado esse poder. Sick of the Scene não coloca apenas o dedo na ferida, ele rasga-a mais um pouco.
No que à música diz respeito, este novo trabalho começa em grande forma. Qualquer álbum de uma banda que se diga “underground” devia ter início com a pujança que os Junkbreed depositaram nos primeiros acordes de “Faulty Stereo”. Todo o álbum está bem trabalhado, com temas fortes, que nos fazem vibrar ao seu ritmo. Não sendo muito longo, os nove temas que o compõem são diretos e enérgicos. Destaque para “Viewers Indiscretion”, um dos mais possantes de um álbum que é todo ele uma mistura de rock, punk e o chamado post-hardcore. Podemos percorrer todo o álbum que não encontrarmos uma música mais calma. Em faixa alguma o quinteto mete uma abaixo, mantendo sempre a rotação em alta.
Não podíamos terminar este texto sem fazermos uma referência à sua capa que, ironicamente, foi criada fazendo uso de inteligência artificial.
Sick of the Scene vale a pena. Tem o selo Raging Planet e é, decididamente, um passo em frente por parte deste quinteto nacional.

Nota: 8.6/10

Review por António Rodrigues