Winds of Plague…muito há a dizer acerca desta banda; uns categorizá-la-ão como Hardcore, outros DeathCore com influências de Black Metal, quiçá, enfim…ouve-se de tudo e não vamos entrar por aí! Categorizar uma banda não é assim tão linear quanto isso. A destacar é, sem dúvida, o grande salto que o projecto deu. De Decimate the Weak passando pelo The Great Stone War, e chegados agora ao mais recente Against The World, a evolução da banda é notoriamente grande.
Com uma intro fabulosa, completa e preenchida com teclados clássicos – já característicos nos diversos trabalhos de Winds Of Plague – cria-se um ambiente único e autêntico, quando ao mesmo tempo nos prepara para a brutalidade do tema seguinte, One for the Butcher. Os riffs são bastante criativos, muito originais...aliás, o trabalho do novo álbum é todo ele bastante criativo. A construção e composição dos temas são claramente pensados ao mais ínfimo pormenor, consequentemente nota-se já uma cumplicidade enorme no seio da banda.
Já pensaram...aliás, já tiveram a oportunidade de sentir, ao ouvir um álbum novo que compraram ou que um amigo/a emprestou, e são teletransportados para um mundo completamente à parte? Pois foi precisamente esse o efeito que este álbum teve comigo; ambientes bélicos, de época, medievais, quiçá, com toques e sonoridades à “belzebu”. Está mesmo agressivo...está poderoso.
Em termos instrumentais podermos dizer que está, como atrás referimos, poderoso, mas além do instrumental, as vozes – cada vez mais guturais – alcançam um patamar de agressividade ainda maior, com emoção, muita emoção mesmo, mais perceptível que os anteriores registos. A lírica está também mais construtiva (a destacar, o tema Drop the Match); Johhny Plague expressa-se mutuamente com os restantes elementos do colectivo de uma forma invulgarmente conhecida no Metal...são diferentes. A destacar ainda, como não podia deixar de ser...os breakdowns...há uma expressão inglesa que costumo usar para estes casos...Eles tocam mesmo tight. Grandes riffs, excelentes ritmos, sonoridades de teclado muito bem escolhidas (strings e chorus), bateria tight, como há pouco referia; técnica de pedal muito boa, etc., etc., etc..
De forma geral, conseguem realizar um bom trabalho de estúdio, e apesar de ser um registo com uma produção muito trabalhada, ao vivo conseguirão, eventualmente ter impacto; são brutos, agressivos ao mesmo tempo melódicos…esperamos agora vê-los em palcos portugueses.
Nota: 8/10
"Against the World" Track List:
01. Raise the Dead
02. One for the Butcher
03. Drop the Match
04. Built for War
05. Refined in the Fire
06. The Warrior Code
07. Against the World
08. Monsters
09. Most Hated
10. Only Song We're Allowed to Play in Church Venues
11. California
12. Strength to Dominate
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Review por Luís Alberto
