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Reportagem: Opeth e Pain Of Salvation @ Incrível Almadense - 20/11/2011

Um mês antes da realização do concerto, já se adivinhava que a noite de dia 20 de Novembro na Incrível Almadense viria a ser memorável. Prova disso foi que os bilhetes esgotaram pouco tempo após serem colocados à venda.
Essa ansiedade era cada vez mais notória à medida que se verificava a chegada de público à Sociedade Filarmónica Incrível Almadense e à medida que se aproximava a hora de abertura de portas, quando estas teimavam em não querer abrir.

Passados alguns minutos após a hora marcada para começo do espectáculo de Pain Of Salvation, inicia-se a explosão por parte do público quando os Suecos Pain Of Salvation entraram em palco, dando início à viagem pelo seu novo registo "Road Salt Two" com o tema "Softly She Cries", álbum do qual tocaram ainda mais três temas: "Condictioned", "1979" e "To The Shoreline". Prolonga-se a intensa e insana actuação, onde o frontman Daniel Gildenlöw teve grande destaque, puxando incansavelmente pelo público, com temas de como "Ashes" e "Diffidentia". O publico mostrou-se incansável e correspondendo em 'massa' e efusivamente ao grande final com temas de "Road Salt One": "Linoleum" e "No Way". Mais uma vez ficou provado que as bandas suecas não brincam em serviço, sendo que estes Pain Of Salvation deram um concerto digno de cabeças de cartaz.

Findado o concerto do grupo oriundo de Eskilstuna, notava-se cada vez mais a 'sede' dos presentes pela chegada de Opeth. Não haveria lugar para surpresas quanto à set dos Opeth, pois quem havia adquirido entrada, já saberia ao que ia, sabendo de antemão que estes iriam dar um concerto à base dos temas mais 'light's' da sua carreira, deixando (quase) de fora os seus temas mais pesados. O grupo iniciou a sua actuação com "The Devil's Orchard" extraído de "Heritage", seguida de "I Feel The Dark" do mesmo registo. Seguiu-se um saboroso retorno a 1999 com "Face Of Melinda", para depois sermos atirados para 2008 com "Porcelain Heart" onde Martin Axenrot deu um grande solo de bateria no final do tema (talvez grande demais para o seu próprio bem). Seguidamente Mikael trocou a guitarra eléctrica pela acústica, levando a cabo um set de 3 musicas acústicas, num momento mais intimista: "The Troath Of Winter", "Credence" e "Closure", algo que quebrou um pouco o ritmo do concerto mas soube muito bem o regresso ao passado. Seguiu-se a mais mexida "Slither" e depois a fantástica "A Fair Judgement" recebida com um inesperado uivo por parte de um fã, ao qual nem o público nem a própria banda resistiu a rir.
Fica ainda a nota que, para quem já tomou contacto com "Heritage", apercebe-se que os novos temas não são tão abundantes no que ao peso diz respeito, mas estes parecem adquirir uma nova densidade ao vivo.

Fazendo o balanço desta grande noite, ficou mais que patente que quer o público quer os intervenientes neste espectáculo saíram mais que satisfeitos da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense. Tanto Åkerfeldt como Gildenlöw prometeram regressar aos palcos nacionais, deixando bem claro que ficaram mais que agradados por actuarem em solo nacional uma vez mais.


Texto e Fotografia por Diana Fernandes